Capítulo VIII

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 Clark se encontrou com uma impaciente Kara na Taverna Vinho e Água. Os dois receberam suas canecas de cerveja, e assim a atendente se foi, Kara encarou o primo.

— O que ela disse?

 Suspirando, Clark se recostou na cadeira e levou a caneca aos lábios. Depois de um longo gole, respondeu:

—Nada a respeito do encontro com Lex. Quando me aproximei, Lena parecia muito apreensiva. Talvez não quisesse nada com o irmão.

—Ele a esperava na ruela. Vi com meus próprios olhos. Você acha que Lena pretende usar nosso casamento para ajudar a causa dos Luthors?

—De que modo, prima?

—Contando para Lex tudo oque vir e ouvir quando estiver morando no Palácio Kent. Passando informações para Jimmy. Usando seu corpo para extrair de mim nossos planos para trazer Winslow de volta ao poder.

—Que imaginação fértil você tem! — Clark sorriu. — Digo-lhe uma coisa: Lena está confusa. Você é uma Danvers, e Lena se encontra a um passo de entrar na família com uma esposa que não confia nela. Trate de recebê-la bem ou a moça poderá passar para o lado do irmão e do primo. E ambos são homens cruéis.


 Atravessando a ponte Vecchio, a maior e mais larga das pontes sobre o rio Arno, Kara, Sobre a sela de Máximus junto com Lena, examinava os mascates a caminho do mercado. Aquela era a rua principal entre as duas metades de Florença: a cidade interna, protegida por muro, e a Oltrarno, a parte externa, que ia além do rio Arno.

 Kara tinha um lugar em mente, perto das colinas, onde poria em teste a lealdade de Lena ao irmão.

—Chegamos.— Apeou e tomou Lena nos braços, tirando-a de cima de Máximus.

 Ela amarrou o cavalo numa árvore, e conduziu Lena até as colinas verdejantes. Então, pararam para admirar a bela paisagem coberta de lírios de cores variadas.

 Um grupo de ciprestes parecia guardas tomando conta das terras para afastar os intrusos. Pouco além, oliveiras e videiras e mais ciprestes cercavam um palácio branco. Carneiros pastavam, indiferentes à maravilha que os cercava.

 Atrás do palácio, Lena notou uma praça, onde robustas árvores rodeavam o que parecia ser uma piscina, mantendo-a escondida. Tudo parecia ter sido feito para um rei.

—Linda vista, não é?

—Sim, maravilhosa—Lena concordou, encantada.

 Nunca havia reparado nas várias torres atrás do muro de pedra. A cidade tinha muitas praças e ruelas.

—É tudo muito bonito, Kara, mas devo perguntar-lhe se me trouxe aqui para me possuir. Afinal, não avisto ninguém por perto.

 Kara deu risada, jogando a cabeça para trás, fazendo com que as ondas de seus cabelos se afastassem do rosto.

 Lena a fitava em silêncio, irritada por ela não dar importância a sua inocente questão.

 Quando parou de rir, Kara a encarou com um olhar jovial e alegre.

—Achou que eu a trouxe aqui para desonrá-la? As oportunidades são muitas, mesmo dentro dos muros de Florença.

—Mas milady me olha como uma mulher faminta. Já vi essa expressão muitas vezes antes.

—Faminta? Não, querido lírio. Uma mulher sedenta de amor não corteja outra mulher, simplesmente a toma. E, embora o cenário seja luxuriante, não tirarei vantagem da situação em um lugar onde a senhorita não possa ser defendida... se assim o quiser.

O Lírio e o Falcão (Karlena) G!POnde histórias criam vida. Descubra agora