— Por favor, não permita que as pessoas nos sigam até o quarto — Lena implorou, tentando quebrar a tradição.
— Pretende privar nossos convidados daquilo a que eles têm direito? — Kara mexeu o ombro, para ajeitá-la melhor. — Você se preocupa por nada. Eles apenas querem ver as noivas perto do leito nupcial. Não estarão presentes quando eu aceitar seu precioso presente.
— Não estou lhe oferecendo nada. É direito de minha esposa tomar sem pedir.
Lena não queria ouvir o povo entoando a canção que lembrava as noivas sua missão de produzir uma grande quantidade de herdeiros.
— Santa Maria... — murmurou, querendo tapar os ouvidos com as mãos.
— Quer dizer que lutará comigo?
— Estou dizendo que tomará o que deseja, Kara, mas não me darei a você de coração.
Na entrada do palácio, Kara parou.
— Se eu pudesse, convidaria todos os presentes, mas restringi a entrada a padre Bernardi e nossos parentes mais próximos.
Lena suspirou.
Kara abriu a porta e entrou, sempre carregando Lena.
Se não tivesse tão petrificada, ela teria notado o piso de mármore, os finos tapetes e as pinturas que decoravam o luxuoso hall.
Na escada, Kara parou e olhou para a morena, dando-lhe a oportunidade de se negar a adentrar o quarto. Mas Lena nunca humilharia seu pai rejeitando a esposa na frente de todos. Assim, Kara aceitou o silêncio dela como uma aprovação e começou a subir os degraus.
— Confie em mim, querida. Está se preocupando por nada. Não a machucarei, acredite.
A voz soava terna, mas Lena não confiava nela. Talvez a união entre uma Danvers e uma Luthor tivesse sido realizada com boas intenções, mas só o tempo revelaria a verdade daquele matrimônio.
A porta dos aposentos estava entreaberta. Kara a escancarou com a ponta da bota, e todos entraram.
Lena olhou ao redor. Havia várias cômodas, duas poltronas na frente de uma lareira e um baú aos pés da cama.
— Meu Deus! — ela sussurrou, ao ver o enorme leito de casal.
Era de carvalho e tinha quatro colunas que prendiam cortinas de veludo. E enorme. Sobre o lençol de linho branco, muitas pétalas de rosa.
Ambas as famílias estavam presentes, mas Lena mal notou, pois não conseguia afastar o olhar da monstruosa cama, que parecia um altar, com candelabros na cabeceira. Também havia castiçais em cada cômoda e sobre a enorme lareira de pedra. Lena começou a se desesperar.
Vendo a expressão da noiva, Kara disse em seu ouvido:
— Logo eu a deitarei ali e a farei sentir o que nunca imaginou.
— Por favor, ponha-me no chão.
A loira atendeu ao pedido:
O padre Bernardi fez um sinal para que as noivas se ajoelhassem na frente dele. Lembrando-as do dever que tinham para com suas famílias, abençoou as duas e rezou perto do leito nupcial, pedindo prosperidade e fertilidade.
Kara sorriu para Lena, que enrubesceu. Ao se levantar, a loira estendeu a mão para ajudá-la a ficar de pé.
— Bem, todos vocês desejam testemunhar...
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Lírio e o Falcão (Karlena) G!P
RomanceLena Luthor fica furiosa quando Kara Danvers a pede em casamento, pois os Luthors e os Danvers são inimigos confessados há anos. Mesmo depois de Kara receber a benção do pai de Lena, que está disposto a unir as duas famílias pelo matrimônio, a bela...