A Vingança

Capítulo 12 - Laboratório

Corando novamente, só que agora de seu último fio de cabelo até os dedos dos pés, Missy arquejou, especialmente porque, não se dando por satisfeito, ele subiu aquela mão até entre suas pernas e começou a massagear seu clitóris por cima da calça, enquanto continuava dirigindo tranquilamente, como se nada estivesse acontecendo. Mesmo sem saber o que exatamente ele estava planejando, especialmente no que dizia respeito a ela se tocar, Missy se permitiu derreter contra o banco de couro, esquecendo-se de tudo que não fosse o toque dele e a promessa implícita de mais uma noite prazerosa pela frente.

Por isso, quando ele finalmente estacionou, depois de vários quilômetros intermináveis, Missy praticamente se atirou para fora do carro, ansiosa para que ele a levasse até sua cama e lhe mostrasse todas as coisas que estivera fantasiando durante aquela manhã. Porém, enquanto Logan ria de sua afobação e começava a sair do carro em uma velocidade perfeitamente normal, Missy não pôde deixar de se impressionar com a casa diante dela. Na semana anterior, quando ele a levara até ali, no meio da escuridão da noite, ela estava tão abalada que não repara em absolutamente nada. Agora, porém, era difícil não apreciar aquela enorme e requintada construção. Era ampla, aberta, arejada e bastante moderna, sendo feita praticamente de vidro, mármore e madeira, organizadas em ângulos retos e dois andares. Talvez não fosse grande o suficiente para ser considerada uma mansão, mas chegava perto. Havia uma piscina gigante logo ao lado da entrada, facilmente vista da garagem onde eles estavam, margeada pelo que parecia o início de um jardim e uma estufa bem ali ao lado.

- Sua casa é linda! – Missy elogiou, encantada – Mal posso acreditar que não reparei nela quando vim aqui pela primeira vez. É simplesmente incrível!

- Eu também fiquei impressionado quando a vi. – Logan sorriu, claramente feliz com sua aprovação – Talvez seja espaço demais para um homem solteiro, mas, com a quantidade de vezes que minha família aparece aqui sem avisar, eu nunca realmente sinto como se morasse sozinho. – ele riu, entrelaçando a mão na dela e levando-a através do caminho de pedras que levava da garagem até a porta da frente – E... Eu não sei. Me pareceu um bom lugar para formar uma família... No futuro. – ele falou aquilo olhando diretamente para ela, provocando não apenas confusão em sua mente, mas também uma pontada em seu coração. Ele já tinha uma esposa em mente?

- Hã, isso é muito bom... – ela deu um sorriso torto, tentando mascarar aqueles sentimentos; o que eles estavam tendo era apenas temporário. Por isso, não havia porque se sentir tão mal com a perspectiva de vê-lo com outra. Mesmo que eles não fossem exatamente próximos nos últimos anos, se havia algo que ela aprendera sobre Logan, especialmente naqueles últimos dias, depois de ouvir a história de porque ele começara a trabalhar naquele ramo, era o quanto ele era devotado à família. Algo que ela achava admiravelmente maravilhoso. Era quase óbvio que ele certamente iria querer construir a própria família algum dia. Só restava a ela desfrutar do tempo que ainda tinha para estar nos braços dele, enquanto aquilo não acontecia – Certamente é o lugar perfeito para criar uma criança. Ellie e Derek devem adorar ter tanto espaço para brincar. – Missy sorriu, agora genuinamente, sabendo que amava os filhos de Diana e Paul tanto quanto Logan.

- Sim, eles adoram. – ele concordou, os olhos verdes parecendo quase sonhadores – Você... Realmente gostou?

- É claro. – Missy garantiu alegremente, enquanto ele abria a porta para ela – Se não fosse pelo fato de que moraríamos apenas eu e Rey, eu certamente adoraria morar em um lugar assim! É encantador! – ela ficou ainda mais impressionada ao notar os detalhes da casa por dentro, assim que entrou na sala de estar – Diana e Megan ajudaram você a decorar, não foi? – ela riu, reconhecendo imediatamente a influência das irmãs dos dois.

- Elas eram minha única opção. – Logan riu – Não gostei de nenhum dos decoradores que me indicaram e, sinceramente, posso estar na indústria da imagem e da estética, mas não tenho paciência para enfeitar as coisas. Então, eu pedi que elas me ajudassem a dar um pouco mais de vida ao ambiente e elas entenderam que podiam decorar como se fosse a casa delas. – ele explicou, bem-humorado – Mas, sinceramente, longe de mim reclamar. Elas têm um gosto melhor para móveis e quadros do que eu jamais terei e, sendo franco, nem sequer exageraram. Além do mais.... Eu ainda planejo dar um toque mais pessoal a tudo por aqui... – ele voltou a olhar para ela daquela maneira intensa – No momento certo.