Capítulo 11 - Um Passo à Frente

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Ela podia fazer isso.

Afinal, o que de pior poderia acontecer? Tudo bem, talvez aquela não fosse a pergunta mais apropriada a se fazer, já que da última vez ela acabara humilhada em uma sala repleta de pessoas. Mas, ainda assim, ela precisava abrir aquela porta. Estivera parada ali, com a maçaneta na mão, por incontáveis minutos desde que finalmente se dera por satisfeita com o avanço de seu software naquele dia. Logan até mesmo dissera que ela já fora corajosa o suficiente indo até a agência naquela tarde, mesmo que seu coração estivesse pesado com a ideia de reencontrar Liam e Suzan e reviver toda aquela noite novamente, apenas ao olhar para eles. Felizmente, nenhum dos dois estava por perto quando ela chegou. Mas seus amigos estavam.

E ela se sentiu horrível por ter se mantido tão distante desde a noite da festa. É claro, todos eles haviam lhe enviado diversas mensagens de apoio e querendo saber como ela estava, terrivelmente preocupados. Contudo, entre passar dias mergulhada em seu sofrimento e então de repente se ver arquitetando um plano de vingança, enquanto passava o final de semana inteiro transando loucamente com Logan até os dois desmaiarem de exaustão, Missy não tivera muito tempo para pensar naqueles outros aspectos de sua vida. Ainda assim, ver Simon, Lucy, Angela e Emily novamente havia feito bem não apenas para seu coração, mas também um pouco para sua confiança.

Os quatro tinham apoiado animadamente seu namoro com Logan, felizes pelo fato de que ela aparentemente estava superando Liam tão rapidamente, sem parecer desconfiar de que era tudo apenas uma encenação. Na verdade, Emily até mesmo fizera um comentário estranho, teorizando que o mal humor de Logan naqueles últimos tempos era fruto dos "ciúmes que ele sentia ao vê-la com Liam" e que, agora, ele era um homem completamente diferente, a julgar pela maneira como estava incrivelmente mais sorridente e paciente com as pessoas – com exceção de Liam e Suzan. É claro, Missy sabia que aquilo fazia parte do teatro: Logan tinha garantido que seria convincente sobre estar apaixonado por ela. Porém, mesmo assim, havia uma parte tola dela que havia ficado muito feliz ao saber que Logan tinha mudado tanto de atitude, alimentando uma esperança infundada dentro dela de que ele, talvez, realmente estivesse sinceramente feliz por tê-la ao seu lado – talvez, até mesmo, sentindo algo além de desejo e atração. Quem sabe, talvez carinho ou amizade... Afinal, ele era extremamente afetuoso com ela e eles estavam se dando muito bem – inclusive fora da cama.

Era bobagem, ela sabia, mas a semente daquela esperança boba, que a levara a começar a se iludir pensando que talvez realmente houvesse algo especial na maneira como Logan a tratava, tinha nascido naquele último sábado, quando ele lhe mostrara o quanto o sexo podia ser extraordinário e depois passara o domingo inteiro ao seu lado, saindo apenas por meia hora para pegar uma muda de roupas e então voltado, não apenas para o apartamento, mas também para dentro dela. E, mesmo em meio a todo o sexo selvagem e ininterrupto, ainda assim Logan fora nada mais do que doce, gentil e atencioso - exceto, é claro, quando não estava deixando as marcas de seus dedos na pele dela enquanto a fodia sem piedade, como ela descobrira que gostava. Mesmo na manhã de domingo e naquela manhã de segunda-feira, quando ela tinha acordado com aquela doce dor entre suas pernas, ele já estava sentado ao lado da cama, observando-a dormir e com uma bandeja de café da manhã pronta para ela.

Era quase louco pensar em como ela havia se convertido repentinamente de alguém completamente inexperiente e temerosa sobre sexo, para aquela mulher voluntariosa e sempre ávida por senti-lo atingir os locais mais profundos e necessitados dentro dela. Bastava apenas um simples toque dele e suas pernas já se separavam instantaneamente, implorando por mais um orgasmo celestial. Ou seria melhor dizer exigindo? Afinal, quantas e quantas vezes, desde a noite de sábado, ela não acordara Logan, enquanto o pobre homem tentava apenas tirar um rápido cochilo para se recuperar da maratona de sexo, com o pau dele entre as mãos ou na boca, ou às vezes até mesmo já cavalgando-o, simplesmente tomando o que ela queria?

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