Charlotte Antonella Di Angelo viu seus pais serem assassinados a sangue frio em sua frente quando tinha 7 anos. Adotada por um ex-policial que teve sua vida arruinada pelo mesmo homem, a garota cresceu em treinamento para se tornar uma máquina de ma...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Nicolas
Encarei meu reflexo e o de Charlotte pela vitrine de uma loja com as roupas recém compradas que trajávamos. Ela vestia uma peruca preta de cabelos lisos curtinhos e um vestido florido com algo por debaixo do vestido que simulava bem uma barriga de grávida. Já eu usava um par de óculos escuros e um terno chique que com certeza valeu uma fortuna.
Charlotte andava com um sorriso estampado nos lábios e de braço entrelaçado ao meu, enquanto dividíamos um fone de ouvido com a chamada com Anthony Henderson e Zach do outro lado nos guiando.
–O que faremos? –Perguntei baixinho.
Me sentia frio, minhas mãos suavam e estavam geladas de tanto nervosismo e apesar de praticamente sentir a adrenalina correr nas veias e meu corpo parecer estar prestes a entrar em colapso, minha mente estava trabalhando bem, sempre fui do tipo de cara que trabalha melhor sob pressão.
–Sinceramente? Estou sem ideias, o plano principal é descer para a frente do shopping e pegar um uber sem chamar a atenção –Charlotte sussurrou –Tem muita gente aqui, não vou inciar uma luta num local público, ainda mais sem meu disfarce. Não posso arriscar a identidade de Charlotte Henderson e muito menos a vida dessas pessooas. –Ela explicou no mesmo tom.
–Um deles está ali, três horas. –Zach disse em nosso fone e eu e a mulher agarrada em meu braço no sentido contrário.
–Não, nessa direção tem mais um, vocês precisam ficar onde estão porque estão cercados. –Anthony disse assim que nos viramos.
–Droga –Charlotte murmurou e meu puxou para sua frente, me deixando de frente para ela. –Devia ter me vestido de Brooklyn –Ela manteve o sorriso nos lábios e me puxou para mais perto.
Eu sorri, tentando manter a postura de futuro pai apaixonado, acariciando a barriga falsa de Charlotte.
A morena encarou meus olhos e eu precisei desviar o meu olhar porquê céus... Eu poderia me afogar naquele mar chocolate com uma facilidade imensa.
Engoli em seco e olhei além dela, atrás onde um dos homens-armários estava irritado olhando para os lados.
–Você já assistiu Os vingadores? –Perguntei novamente sentindo aquela adrenalina pulsar por todo o meu corpo.
–É claro –Ela disse e franziu a sobrancelha –Você sabe que não posso soltar lazer pelos olhos, né? –Charlotte abriu um dos sorrisos que me derretia, o sorriso verdadeiro que chegava aos olhos e me prendia neles. Sua piada referente a minha no meio da perseguição há meia hora me fez sorrir tão largo quanto ela.
–Isso é o superman, é de outro estúdio. –Não resisti ao impulso de corrigí-la. – O da esquerda está nos olhando, precisamos fazer ele parar de nos olhar –Disse baixinho enquanto me aproximava mais ainda dela, tocando sua face.
