Capítulo 14

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Nicolas

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Nicolas

Minha cabeça latejava.

Algumas vozes distantes soavam com um barulho agoniante de sirene.

Onde eu estava?

Meus olhos ainda pesavam muito e eu não conseguia mexer meu corpo, apenas sentia o latejar crescente na cabeça onde havia sido atingido.

–Eles vão me matar, Charlotte.

Forcei meus olhos a se abrirem, mesmo que um pouco para ver o que estava acontecendo.

Havia uma arma apontada para mim.

Ainda me sentia anestesiado e apesar de sentir o formigar nas pontas dos dedos, não sabia se podia me mexer. Ainda encarava a arma apontada para mim, mas curiosamente não senti medo, apenas fiz meu cérebro trabalhar para achar um jeito de sair daquela situação.

–Onde eles estão?

Minha visão se focou no belo rosto de Charlotte que tinha uma expressão nervosa e lágrimas nos olhos, que mesmo do chão de onde eu estava, podia ver rolarem pelo seu rosto, mas a outra mulher não teve a chance de responder. 

Uma bala a atingiu no peito e ela desabou por cima de mim antes mesmo de Charlotte terminar a frase.

–Ai meu Deus! –Gritei quando consegui fazer meu corpo reagir empurrando o corpo da menina para o lado.

–Nicolas! –Charlotte se jogou no chão de joelhos ao meu lado enquanto eu me sentava bruscamente encarando o corpo da menina que eu havia jogado para o outro lado. –Fique no chão! –Ela se deitou ao meu lado e segurou minha mão me puxando para voltar a deitar.

–O que está acontecendo? Quem era essa? –Perguntei baixinho enquanto virava minha cabeça para encará-la deitada no chão.

–Um aviso de Parker. Há um atirador de elite por aqui, fique no chão –Ela comandou seriamente. –Merda! Ele fugiu! –A morena passou a encarar o teto enquanto passava a mão pelo rosto em agonia.

Virei o rosto para encarar o corpo do pobre ''aviso''. 

Parker matou alguém para nos entregar um aviso. O quão longe aquele homem ia? Sabia que ele era perigoso, ninguém chega ao topo sendo bonzinho, mas matar alguém por nada? Para um aviso? Era doentio.

–Quem fugiu? –Perguntei baixinho ainda encarando o corpo da menina ao meu lado, e um tremor na espinha me dizia que eu sabia exatamente quem fugiu, mas ainda sim precisava ouvir.

–Parker –Meu corpo congelou ao ouvir aquele nome, mas me forcei a virar o rosto para encarar Charlotte –Ele estava lá em baixo, eu o vi, mas não podia deixar você morrer –Minha amiga virou sua cabeça para me encarar. –Ela ia matar você, eu não pude fazer nada. Ela estava com tanto medo que o mataria apenas para se salvar.

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