Charlotte
Nicolas Marino Rodrigues era um jovem jornalista em ascensão que morava numa cidadezinha no Texas com sua mãe, a tia e a prima. Era noivo de uma mulher chamada Grace Williams e também era um caipira típico, eu havia achado arquivos de vídeo de quando ele era um legítimo cowboy que até mesmo tinha fotos com animais numa fazenda, mas depois de seu repentino sucesso, seu sotaque havia sumido e ele tomou a pose de um jornalista como os outros. Tudo acabou quando a noiva se suicidou e ao que parece, ele enlouqueceu.
Havia passado a noite inteira revirando arquivos da polícia e os jornais locais, tudo que pudesse me contar quem era o jornalista curioso que havia descoberto sobre mim.
Nos arquivos da polícia, Charlotte Antonella havia morrido com os pais. O capanga havia a matado no andar de cima e por isso Lucas se entregou ao Parker, pois não pôde proteger sua filha. Não havia como ligar Charlotte Anne e Charlotte Antonella além da incrível ''coincidência'' de nomes.
Tudo que eu tinha agora era um jovem jornalista atrapalhado que havia acidentalmente ativado o alarme de incêndio, mas não havia indícios de sanduiche queimado nas lixeiras, o que me faz pensar que não havia sido isso. Mas tampouco ele fumava, o quarto tinha cheiro de lavanda e o mínimo cheiro de tabaco haveria impregnando no carpete e nas roupas de cama, mudando o aroma de lavanda. Ou seja, ele estava mentido sobre isso.
-Nicolas! -Estralei os dedos para ele despertar de seu transe de subta alegria. O rapaz tinha uma cara de besta sorrindo convencido por eu ter o achado. Havia revirado aquele quarto do avesso e colocado um sensor para ter certeza que não havia escutas, então eramos apenas eu e ele.
-Desculpa, ainda não tô acreditando que eu estava certo, estou processasndo isso -Ele virou o resto do copo da cafeteria que eu bem conhecia que ficava ali próximo e estendeu um dedo para que eu esperasse um minuto.
Revirei os olhos me levantando de sua cama e comecei a perambular pelo quarto, olhando as pequenas coisas, qualquer coisa me serviria de pista. Nada parecia ser o bastante para sanar minha curiosidade de como aquele mísero rapaz havia me achado se ele não era ninguém.
-Eu sou doido -Ele declarou, chamando novamente minha atenção para ele. O encarei realmente como se ele fosse um, mas que tipo de explicação era aquela? -Todo mundo fala que eu enlouqueci depois do falecimento da minha noiva, mas ela me deixou algumas pistas e eu apenas as segui. É claro que não tinha nada além de pistas de um... fantasma -O termo pareceu incomodá-lo, custou a sair. O homem fez uma careta -Mas eu as segui, criei teorias, cobrei alguns favores e a achei. Acho que não sou tão louco, né?
-Teorias? Você tá de brincadeira com a minha cara, não está? -Minha incredualidade era visivel, como que eu tinha sido descoberta a partir de teorias?
-Veja bem, os documentos dizem que você morreu, eu não tinha nada concreto além de uma teoria insana. Eu procurei nos grandes casos que pareciam ter sido do Parker, ele tem meio que um padrão e então calculei a idade que Brooklyn deve ter, mais ou menos a minha, e então procurei os casos antigos envolvidos com crianças ou jovens, mas era apenas uma suposição que Brooklyn era uma pobre menina traumatizada. O estilo dela é de quem passou a vida lutando e na espreita para iniciar uma perseguição. Haviam poucos casos assim, o seu foi o melhor perfil. -Eu ouvia tudo sem acreditar no que ele falava, mas estava quieta até que estendi a mão para ele parar de falar. Não era possível, o garoto era mesmo doido.
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Brooklyn
Ficción GeneralCharlotte Antonella Di Angelo viu seus pais serem assassinados a sangue frio em sua frente quando tinha 7 anos. Adotada por um ex-policial que teve sua vida arruinada pelo mesmo homem, a garota cresceu em treinamento para se tornar uma máquina de ma...