Charlotte Antonella Di Angelo viu seus pais serem assassinados a sangue frio em sua frente quando tinha 7 anos. Adotada por um ex-policial que teve sua vida arruinada pelo mesmo homem, a garota cresceu em treinamento para se tornar uma máquina de ma...
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Charlotte
–Você pode sorrir? Por mim? –Daph pediu baixinho enquanto pousava para a foto que iria para seu álbum de casamento.
Eu fiz o que ela pediu. Dei um sorriso brilhante para a câmera enquanto a abraçava carinhosamente. Hoje era o jantar de noivado dela e qualquer outra coisa que não fosse Daphine, estava fora de mapa, isso incluía o processo de decodificação do pen drive que eu havia quase dado minha vida para conseguir. Mesmo que minha cabeça não saísse dele, fazendo com que minha expressão se solidificasse numa cara ee paisagem.
–Olha, ela sorri afinal! –O fotografo, amigo de Daph, que tirava as fotos de suas coleções brincou.
–Ela só está cansada, tenho dado trabalho demais para ela –Anthony disse sorridente e me lançou uma piscadela. Senti o peso diminuir me incluindo na nuvem familiar que surgia quando ele, eu e Daph estávamos juntos.
–Eu sorrio bastante, ok? –Resmunguei dando um empurrãozinho na minha melhor amiga e irmã que a vida me deu. Ela me abraçou dando um beijinho na bochecha e eu sorri verdadeiramente, bem a tempo do flash do garoto registrar o momento.
–Eu seu que você é ocupada, obrigada por fazer isso por mim –Daphine sorriu enquanto apertava minhas mãos e eu retribuí com mais uma pose, dessa vez mais brincalhona.
–Você é tão ocupada quanto eu –A lembrei. –Se você pode tirar a cara de seus desenhos e coleções, eu posso sair do escritório –Ela sorriu mais uma vez e trocamos o olhar cúmplice que tínhamos quando nos entendíamos.
–Pai, venha tirar uma com a gente! –A morena berrou e o velho veio. Ele ficou por trás de nós duas, que estávamos sentadas em banquinhos agora de costa uma para a outra e nos agarrou.
–Memorize esse momento, garoto. Elas são minhas joias, minhas duas princesas e se você ousar machucar a minha bebê, eu machuco você –Tony sorria mas seu timbre era tão sério que eu duvidei de sua amizade com o pobre Zach que tanto nos ajudava, pondo em risco até mesmo sua relação com Daphine.
Revirei os olhos e tenho certeza que a garota de costas para mim fez o mesmo que eu.
–Estamos a 20 minutos do jantar de noivado e você me vem com essa, velho? Nem vem –Zach debochou dando um soquinho no ombro de Anthony
–Não brinque com a sorte, idiota –Ele rebateu dessa vez sem o sorriso e eu o catuquei para lembrá-lo de não estragar o dia da Daph. O pai de Zach foi um grande amigo de Tony e ele salvou a vida do cara algumas vezes durante o tempo que ele estava na polícia. O Anthony adora o garoto mas ainda não engole bem isso dele com a princesinha dele, principalmente por ele mentir para ela sobre nos ajudar, mas o que ele faria? Saber sobre Parker é estar em perigo constante.
Ao fim do ensaio, saímos enfim para o grande jantar, que seria no hall do Chaphie Hotel da Califórnia. A rede Chaphie levava o nome que era uma tosca junção do meu próprio nome com a de Daph, era dessa rede que a maior renda da empresa do Anthony saia e era nesses hotéis que nós sempre comemorávamos tudo. O primeiro a ser aberto foi o de Nova York, onde seria o jantar inicialmente, mas então Daphine se apaixonou pelo desing do da California, algo mais praieiro, e resolveu que lá seria.
