Capítulo 12

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Nicolas

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Nicolas

Você vai mesmo confiar nisso? Não é nada sólido, Nella–Acho que era Zach falando.

Por que esse cara sempre precisava discordar de mim? Nem um voto de confiança? Claro que eu entendia, era perigoso, mas eu já não havia provado minha lealdade? E se ele confiava tão pouco em mim, por que deixar Charlotte comigo então? Quando ela pode simplesmente dormir e ficar vulnerável? Isso me fazia acreditar que era pura implicância comigo.

–Já falamos sobre isso, Zach –Charlotte murmurou para o celular em sua mão e retirou do viva-voz.

Querer me poupar disso não vai fazer com que eu me sinta menos detestado, pensei.

Estávamos a menos de uma hora da fazenda da minha mãe, correndo para os quadros de Grace que eu rezava secretamente para que minha mãe não tivesse vendido.

Há um ano havíamos entrado em uma discussão quando mandei as coisas de Grace para o Texas. Ela acreditava que minha noiva era talentosa demais e merecia reconhecimento. Uma empresa até havia entrado em contato com ela quando viu uma publicação de memorial no Instagram com os quadros da falecida nora.

Eu não permiti que ela vendesse os quadros, é claro. Agora eles seriam úteis ao menos.

Foquei na estrada em minha frente enquanto pensava na história que contaria a minha família. Estava indo para casa com uma garota pela primeira vez desde que Grace morrera. O que eu diria à elas? "Mamá, tía, Paulina, essa é Charlotte. Eu estou a ajudando a pegar um mafioso, o mesmo que matou Grace que inclusive trabalhava para ele! Dá para acreditar?"

–Você vai ou não dar um jeito no armazém? As fotos são o suficiente? –Pela visão periférica notei ela pegar um dos cachos do cabelo solto e enrolar no indicador. Já havia notado que sempre que Charlotte estava nervosa ou pensativa ela fazia aquilo, era quase como se a ajudasse a pensar. –Ok, obrigada. E vê se liga para a Daphine! E avisa ao pai que ligo para ele quando a gente chegar, ok?

Sorri ao ouvir ela chamar Anthony de Pai. A morena não chamava sempre o empresário assim, mas as vezes chamava carinhosamente, até porquê, ele era o pai dela todo esse tempo, não era?

A garota sorriu para mim depois de desligar o telefone e soltou a mecha do cabelo.

–Falta muito?

–Não, mais ou menos meia hora até lá –Dei um meio sorriso e ela uniu as mãos em uma palma de uma batida só.

–Não aguento mais esse carro, preciso esticar as pernas e os meus cachos precisam do ar livre, a umidade do carro tá fazendo ele armar.

Tirei os olhos da estrada por dois segundos para olhar para o cabelo dela e estava divino como sempre. Charlotte tinha o cabelo mais bonito que eu já vira em toda a minha vida. Seus cachos eram macios e brilhavam. Sempre tinha vontade de mexer neles, mas costumava segurar a vontade para não assustá-la ou apanhar, também sabia que as cacheadas não gostavam que mexessem em seus cachos.

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