Charlotte
Apertei o pedaço de vidro com força na mão, o forçando a me machucar ainda mais. Se houvesse um rastro de sangue, eles me encontrariam com mais facilidade.
Como ele tinha me achado tão facilmente? Não era o nosso nome na conta do hotel. Nenhuma foto no hotel foi publicada. Mesmo que Parker soubesse que eu estava em Paris, como soube que eu estava naquele hotel? E como eles me pegaram tão rápido?
Há vinte minutos...
Estava deitada na cama de casal rodeada de papeis e com meu notebook novo enquanto todos haviam ido visitar Daphine. No fundo eu sabia que Nicolas não queria ter ido, mas como eu poderia privá-lo de conhecer Paris por minha obsessão? Era Paris! A porra da Torre Eiffel estava perto e dava para ver por toda cidade, e apesar de estar sempre por ali, eu nunca me encantava pela belíssima França, até mesmo o lado mais podre da cidade tinha certo charme. Jamais poderia fazer tal coisa, então o mandei ir e esperava que ele estivesse ao menos aproveitando, mesmo sabendo que ele não estava.
Éramos parecidos a mesma medida que éramos diferentes, uma mistura muito peculiar de personalidades que nos tornavam opostos e ainda sim muito parecidos, e eu sei que eu não estaria aproveitando se fosse eu no lugar dele, então apenas sabia que ele devia estar inquieto assim como eu estaria, porquê por mais que eu negasse, éramos mais que amigos.
Então um estrondo soou e eu pulei da cama ao ver dois homens invadirem meu quarto.
–Mas que porra? –Berrei ao saltar da cama, mas então eu vi aquele homem. O mesmo guarda imundo do dia da galeria. Do dia que eu vi Parker. O maldito que tentou passar a mão em mim e mais um brutamontes com cara de mau.
–Lembra de mim, gatinha? Pois é, hora de bater um papo –O loiro avançou em mim e eu saltei para o outro lado da cama para pegar minha arma, mas o outro homem preto já estava ali antes de mim.
O soquei no rosto, acertando em cheio o maxilar e ele rosnou.
–Sua putinha do caralho –O homem avançou em mim, mas desviei com agilidade e lhe dei uma rasteira enquanto tentava desviar do outro loiro novamente que já tentava me agarrar pelo braço, mas ele ainda sim conseguiu pegar meu braço com força e me suspender.
–Me solta, seu merda! –Murmurei enquanto rodava meu braço numa manobra defensiva de modo que torcia seu braço e puxava o meu na direção de seu dedão, pois mesmo que ele tivesse mais força que eu, soltaria meu braço. Ainda dei um chute em seu saco, o fazendo urrar.
O mais inteligente agora era correr. Eram dois contra um e por mais que eu adorasse esbanjar minhas habilidades, precisava ser inteligente.
Então passando novamente pela cama, corri em direção a porta mas o homem negro que antes eu havia dado uma rasteira, se jogou em cima de mim e caímos por cima do espelho de pé do hotel. Ele se despedaçou mas não chegou a me machucar de verdade já que foi ele quem caiu por cima do espelho e eu apenas por cima dele.
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Brooklyn
Genel KurguCharlotte Antonella Di Angelo viu seus pais serem assassinados a sangue frio em sua frente quando tinha 7 anos. Adotada por um ex-policial que teve sua vida arruinada pelo mesmo homem, a garota cresceu em treinamento para se tornar uma máquina de ma...