Capítulo 2

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Nicolas

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Nicolas

Há três anos...

–Querida, você ainda vai demorar muito? –Berrei para Grace da sala. Minha noiva saiu enfim do quarto, tão bela quanto sempre estava. Ela colocava a tarraxa do brinco enquanto caminhava pelo curto corredor de nosso apartamento para chegar à sala.

–Pronto apressadinho! Estou pronta, o que achou? –Grace sorriu dando uma voltinha enquanto eu a analisava de cima a baixo. Ela estava divina como sempre. Usava um vestido preto de alças finas tubinho que ia até seu joelho e enormes saltos pretos, mas seu cabelo castanho claro estava preso em um elegante coque com sua franjinha e umas mechas emoldurando o belo rosto.

Revirei os olhos ainda bravo pela demora, é claro que ela estava bonita, Grace era bonita e sempre chamou a atenção. Me levantei do sofá que estava jogado, arrumando meu terno azul marinho e lhe estendi a mão e lhe puxei para beijar o topo de sua cabeça.

–Você sabe que é bonita, docinho. Está divina, mas agora vamos? –Grace revirou seus belos olhos verdes.

–Você precisa relaxar, bombom! Eu sei, é o seu jantar para o novo emprego, você está ansioso, é o que sempre sonhamos, mas vai dar tudo certo! –Ela deu um beijinho em meu queixo e rodeou um de seus braços em minha cintura para andarmos para o carro.

Bom, era o sonho dela. Viver na cidade, alavancar a minha carreira de jornalista... Tudo era o sonho de Grace, eu apenas a agradava.

Assim que chegamos ao chique restaurante, eu tentei me lembrar disso, Grace era o amor da minha vida desde os 15 anos e valia a pena.

Suspirei e coloquei meu melhor sorriso no rosto e adentrei o local com uma Grace radiante que cumprimentava a todos. O evento era a comemoração de 50 anos da empresa, a Bourn era antiga no mercado e tinha uma grande credibilidade na cidade. Ela não era uma New York Times, mas para os padrões da cidade? Era grande.

–Grande Nicolas! Vejam, o Rodriguez chegou! – Meu patrão, o senhor Erik Smith disse com um sorriso de orelha a orelha. O homem de meia idade aparentava ser bem mais velho do quê realmente era, com grandes olheiras e o cabelo calvo com alguns fios brancos o deixavam sério.

–Senhor Smith! –Eu o cumprimentei com um largo sorriso e guiei Grace até a mesa com os funcionários da empresa. –Deixe-me apresentá-lo a minha noiva! –Ele sorriu enquanto dava um aperto em minha mão e passava para a da mulher ao meu lado, que tinha a outra mão entrelaçada a minha. –Esta é Grace Williams, a artista mais incrível que o senhor conhecerá!

–É um prazer, senhorita! Você tem um noivo e tanto, ein! Garoto esperto –Meu patrão falou sorridente. –Você é artista?

–Ah eu sei, soube no momento em que pus meus olhos nele! Só precisei polir essa joia, sabe o que dizem, hã? A mulher é quem faz o homem! –Ela sorriu gentilmente enquanto acariciava minha mão com seu polegar. –Bom, eu não diria artista... Eu pinto, mas é apenas um Hobbie –Ela agora apertou minha mão como uma aviso que eu não devia falar dela. Ora, ora, ora! Não gosta de ser o centro das atenções?

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