Capítulo 4

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Nicolas

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Nicolas

Charlotte Antonella Di Angelo -a Brooklyn- estava finalmente em minha frente e eu reunia forças para fazer o que eu esperava há dois anos. Foi difícil achar essa ligação e eu me sentia exatamente como Dom Quixote; delirando todos os dias com essas pistas que eu tirava de onde nem eu mesmo sabia, talvez das ''vozes da minha cabeça''.

Cobrar um favor a um oficial do FBI era um tiro no escuro até porquê eu nem mesmo tinha certeza se eu estava seguindo a pista certa sobre a menina italiana e eu talvez precisasse daquele favor mais tarde, mas então quando eu a vi, tudo fez sentido. Eu podia estar delirando sobre muitas coisas depois de Grace, mas eu não era burro para negar a absurda semelhança de Charlotte Henderson com Gianna e Lucas Di Angelo. Ela era a perfeita combinação da mulher italiana e o homem brasileiro que eram seus pais.

Foi então quando eu vi que mesmo em meio a toda a minha loucura dos últimos anos, meus instintos haviam me guiado para a grande Brooklyn, a temida e desconhecida mafiosa. Podia estar errado sobre Parker, é outro tiro no escuro, mas depois de algumas ligações e uma profunda investigação, eu tinha pelo menos 60% de certeza que estava certo, até porque eu havia a achado com outro tiro no escuro, não tinha? Era uma porcentagem perigosa, mas o que tinha a perder afinal?

–Eu sei de tudo –Desembuchei. A mulher estreitou as sobrancelhas com a confusão visível em seu rosto e eu esclareci: –Eu sei o que você é –Tentei soar ameaçador como o Arnold Schwarzenegger em ''O exterminador do futuro'' quando ele fala ''Eu voltarei'' e a câmera se fecha no rosto dele, mas me senti exatamente como a Bella Swan em Crepúsculo falando que sabia que Edward era um vampiro, só me faltava ela mandar eu falar em voz alta.

–Perdão? Eu não entendi–A morena desviou o assunto enquanto cruzava as pernas e deixava a fenda de seu vestido vermelho mostrar a extensão de sua belíssima perna.

Ela bebericou sua taça tão tranquila quanto um bebê dormindo. Eu estaria mentindo se falasse que apesar do medo, aquela garota não estava me intrigando. Talvez fosse o perigo ou o curioso caso de como ela tinha se tornado a Brooklyn, ou por ter uma beleza extraordinária, mas não saberia dizer.

–Você errou sua fala –Deixei escapar baixinho

–Como é que é?

–Nada. Eu sei que você é a Charlotte Antonella, a menina italiana e a italiana é a Brooklyn. Você não é Charlotte Anne, você é a Charlotte Antonella e a Brooklyn –Definitivamente eu não me sentia mais em Crepúsculo, minha fala mal elaborada parecia ter saído direto de um fã tentando explicar uma novela mexicana confusa, como A Usurpadora ou outra com reviravoltas demais para ser explicado simplesmente. Talvez ela tivesse uma gêmea do mal desaparecida que corria atrás do Parker... Balancei minha cabeça expulsando o comentário sarcástico e tentei focar na garota com os olhos fixos em mim.

O deslumbre do choque passou por seus olhos e depois eles se tornaram selvagens e agressivos, diferente do olhar curioso e gentil que ela me lançou toda a noite. Suas mãos foram para a mesa que nos separava e eu me amaldiçoei mentalmente por me meter naquela situação.

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