7 - Prison

13.2K 1.3K 834
                                    

Os dias se passaram e Harry voltou a trabalhar, o que era estranho já que duas vezes por semana ele ia para a empresa e voltava para a casa dos Malfoys, da onde ele saiu alguns minutos atrás. Mas logo foi se resolvendo e Harry já estava com a agenda lotada novamente, o que fazia com Draco ficasse preocupado.

Depois daquele incidente Draco começou a tomar mais consciência sobre seus sentimentos e talvez, ele não sabia que queria ser apenas amigo de Harry Potter, mas se confessar em um momento tão vulnerável como aquele não é o adequado, por isso o loiro decidiu que irá esperar um pouco e devagar vai ensinar para Harry o que é amor de verdade. Um amor que não machuque.

Enquanto que Harry trabalha as suas próprias questões, chegando até a falar sobre seus tios para a psicóloga, que o acolheu e explicou que deve ser por isso que a sua relação mesmo sendo abusiva, foi tão duradoura. Harry ainda pensa que ama Noah e fala sobre isso, além de falar sobre Draco e o quanto é agradecido pelo loiro ser tão gentil.

- Amanhã você vai voltar mais cedo, certo? - Draco pergunta assim que chega do trabalho e vê a janta pronta sobre a mesa - Você que fez?

- Sim. Espero que goste. - Harry sorri e vai na direção do loiro - A minha cliente de amanhã de tarde foi viajar, então vou voltar no horário do almoço.

- Eu vou deixar a minha tarde livre. Vamos na sua casa. - Draco fica atento para as expressões do moreno - Eu não estou te expulsando, Harry, mas precisamos ir lá. Você pega o que precisa, pode ser?

- Eu acho que está na hora de eu voltar para aquela casa, não acha? - Harry já havia pensando sobre isso algumas vezes, mas não conseguia dizer para Draco - É uma coisa que eu estava pensando já. Eu não posso ficar aqui para sempre. Eu já estou trabalhando e posso pagar as contas de casa.

- Sobre isso. Harry eu procurei seu sobrenome, você sabe quem são seus pais? - Draco senta na mesa e espera que o moreno faça o mesmo para poderem jantar junto. Harry nega - Você tem muito dinheiro em seu nome, sabia? Seus pais deixaram uma herança enorme para você, mas sua conta está em movimento.

- Mas eu não uso essa conta. Eu nem sabia que tinha ela. - Harry fica confuso. - Ah. Você acha que meus tios estão usando? - o de olhos verdes questiona preocupado.

- Sim, seus tios e Noah. - Draco afirma - Os saques estão sendo realizados de dois lugares diferentes. Você era de outra cidade?

- Não, mas meus tios se mudaram para outra cidade. - Harry passa a pensar um pouco sobre isso - Eu não ligo para isso, Draco. Eu vivi sem saber desse dinheiro e não é agora que ele vai me fazer falta.

- Tarde demais. - Draco lhe dá um sorriso sacana - Eu já bloqueei tudo, mudei de senha também. Eu vou te passar depois ok? Mas é muito dinheiro mesmo, Harry, se ninguém tivesse mexido nele, você seria mais rico que os Malfoys. - o moreno fica surpreso com essa informação - Seus pais te deixaram isso, Harry. Eles morreram, mas isso tudo ainda daria para você se cuidar muito bem.

- Amanhã podemos ver isso primeiro então? - Harry pede e é claro que Draco iria ceder.

Draco Malfoy ainda não sabe se ele realmente gosta de Harry no sentido romântico, mas mesmo que houver essa possibilidade, o loiro entendeu que ele não conhece o verdadeiro Harry. Enquanto que o moreno todos os dias se esforça para fazer as comidas preferidas do loiro, sempre o faz sorri e cuida dele, Draco não consegue nem pensar no que o moreno pode gostar ou não, já que o mesmo não se sente no direito de dar a sua opinião.

Tudo que Draco Malfoy precisava era de alguém que o abraçasse e dissesse que estava tudo bem, que ele está bem, tem tudo que é preciso e ninguém pode achar ruim isso. Precisava de alguém que cuidasse dele e que visse Draco como Draco não como Draco Malfoy, o homem que herdou um dos maiores bancos do país, ou o homem que tem a aparência tão exuberante que em todo lugar que vai é falado. Harry Potter era esse alguém.

Home - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora