- Por fim, o amor é um sentimento libertador, que todos nós sentiremos em algum momento de nossas vidas. Seja por nossa mãe ou por um parceiro. O importante é que esse sentimento seja recíproco e que sentimos genuinamente. Ninguém pode escolhe um amor, mas escolhemos o que fazer com ele. Deixá-lo ir embora, ou simplesmente amar. - disse Barry e a turma aplaudiu, assim como Nádia.
Durante a apresentação, Lena e Kara não pararam de se olhar. Olhares penetrantes. Mas a apresentação ocorreu muito bem, eles certamente vão tirar uma boa nota. Sentaram-se para assistir as restantes apresentações.
...O sinal tocou. Barry acompanhou Kara so ginásio, hoje teria treino. A loira rapidamente se trocou no vestiário e saiu para fazer um pequeno aquecimento.
Percebeu Lena chegar e sentar no canto da arquibancada. Tinha um livro em mãos, o abriu e começou a ler calmamente enquanto esperava o treino iniciar.
Uma das líderes de torcida se aproximou de Kara. Ela era baixa, pele branca e tinha sardas, seus cabelos tinham uma coloração rosa claro misturado com um branco, que coloria a raiz.
- Kara...? - a chamou, completamente envergonhada.
- Olá - a loira a olhou e parou de fazer os polichinelos que fazia anteriormente. Percebeu o incomodo da menina e entendeu o que estava acontecendo, outra admiradora. Já estava acostumada - Tudo bem, que tal fazermos assim, depois do treino podemos almoçar juntas fora do refeitório, o que acha?
A garota sorriu, seu sorriso era lindo e contagiante. Kara a achou bonita, mas não tanto quanto a menina que ocupava seus pensamentos. Além do quê, não só gostava de Lena pela beleza, tinha sentimentos.
- Sim, por favor - ela falou.
- Ótimo. Qual seu nome?
- Miranda.
- Okay, Miranda, nos falamos depois.
Miranda lhe deu um adorável beijo na bochecha e correu para arquibancada onde as outras líderes se encontravam.
Lena assistiu a cena e se sentiu extremamente incomodada, nunca havia sentido ciúmes. Era um sentimento ruim. Não gostava de senti-lo. Sentiu, junto com isso, raiva. Muita raiva de Miranda. Poderia matá-la, mas Kara certamente intervirá ou ficará brava com tal ato. Lena não queria deixa-la brava.
O treino começou. Kara estava melhor do que a outra partida. Ela andou praticando e se esforçou bastante, e, sem Drake para provocá-la era vitória na certa. O placar final foi de 18×12. Kara ganhou.
Tomou um banho e foi para aula, depois foi para a cantina com Miranda.
Miranda é uma garota agradável, ingênua e bem inocente. Durante o almoço ficaram conversando sobre coisas aleatórias como as líderes de torcida e os jogos passados. Lena não parava de encara-las, ela tentava, tentava de verdade não olhar mas Kara é como um ímã para os seus olhos.A morena as seguiu pelo corredor quando ambas saíram da cantina após encerrarem a refeição. Estavam indo ao terraço da escola, onde o sol estava bem agradável, já que era fim de tarde. O céu estava colorido, a cor azulada e amarelada dava um tom meio roxo, difícil de explicar.
- O pôr do sol é lindo, não concorda? - perguntou Miranda observando o céu.
- Sim - Kara apenas conseguia pensar em Lena, e em como queria estar com ela agora. Sim, Miranda era uma boa companhia, mas Kara não a queria. Miranda deitou sua cabeça sobre o ombro da loira, mas a mesma afastou-se temendo que a garota de cabelos rosas pensasse algo errado sobre o que estava acontecendo ali.
Lena chegou no local e escondeu-se sem fazer muito barulho.
- Desculpe - a menina pediu e Kara assentiu aceitando suas desculpas - Você gosta daquela menina, não é?
- O quê? Que menina? - Kara a olhou, estava tão na cara assim?
- A novata. Cabelos escuros e longos, olhos verdes, pele branca...
- Oh, ela... Não sei dizer. Eu não deveria gostar dela.
Lena ouviu aquilo e sua feição mudou, sentiu tristeza.
- Por quê não?
- N-nada, não importa...
- Bom, eu tenho que ir. Você vem agora? - Miranda perguntou levantando do chão.
- Não, ficarei mais um pouco.
Elas se despediram e Kara voltou a observar o céu, o tempo estava passando rápido, o céu já estava mais escuro e o sol estava prestes a desaparecer. Sentiu alguém se aproximar e parar em pé ao seu lado, olhou rapidamente.
Lena.
- Dayana?! - surpreendeu-se.
- Desculpe, queria ficar sozinha?
- Não, tudo bem, é que eu só fiquei surpresa. Pode ficar.
Lena sentou ao lado da loira. Elas não se olhavam, estavam provavelmente envergonhadas por causa da "intimidade" que tiveram da última vez em que estiveram juntas.
- Por que não deveria? - Lena quebrou o silêncio com uma pergunta confusa (para Kara) - Por que não deveria gostar de mim? - agora está esclarecido.
Kara pensou em uma boa resposta. Por quê não? Havia diversos motivos, mas, por um momento, todos desapareceram de sua mente.
Lembrou.
- Você mata.
- Eu mato?
- É má.
- Sou?
- É uma assassina. Psicopata. Doente.
- Sou. Mas vou perguntar novamente. Por que não?
Ela ignorou tudo que Kara havia acabado de dizer? Ou simplesmente não ouviu direito? Talvez tivesse apenas ignorado.
Kara bufou e encarou os olhos verdes, que a encarou de volta.
- Por quê não.
- Por quê não não é uma resposta.
- É sim.
Kara levantou-se bruscamente, Lena fez o mesmo e a segurou pelo braço para que não escapasse. Seus rostos se aproximaram, podiam sentir o hálito quente uma da outra. Lena se pôs na frente da loira, encaravam-se sem medo e profundamente. Como se tivessem lutando contra as próprias vontades e sentimentos.
- Eu nunca beijei ninguém, Kara, e queria muito que meu primeiro beijo fosse com você.
Kara tentou se afastar, mas o que não percebeu era que atrás de si havia uma parede. Foi colocada contra a parede. Parece que o jogo virou. Quem estava no comando agora? Quem teria o controle.
Lena, ela o assumiu.
Avançou nos lábios entreabertos da loira com cuidado já que a mesma se permitiu. O beijo era nescessário e desejado. A sensação era tão boa. Kara certamente já tinha beijado, mas aquela parecia a primeira vez. Lena nunca sentiu algo igual, aquela era a melhor sensação do mundo!
Kara segurou a cintura da morena e a puxou para si, Lena levou suas mãos frias até o rosto da loira, que sentiu um calafrio percorrer pelo seu corpo inteiro por causa do toque frio. O beijo encerrou quando Kara deu um adorável selinho nos lábios de Lena.
- Isso foi incrível, Kara.
- Não deveria ter acontecido.
- Você estava desejando isso tanto quanto eu, deu para sentir.
- Até mais, Dayana.
E assim foi-se a loira.
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Autora: capítulo mais curtinho mas ta aí o primeiro beijo, desculpem a demora, antes tarde do que nunca. Votem e comentem ❤️🌈
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Luthor
FanfictionTem algo errado com Lena. . . . . . . . iniciada em 29/11/2020 finalizada em 03/01/2022 ©unlovedxw