Capítulo 26 - O Masacre da Família Danvers

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pov lena luthor ;

Esse careca desgraçado me paga. Quem ele pensa que é? Ele está tramando algo com certeza.

— Eu sei no que está pensando, Lena – uma voz vinda do meu quarto soa, meu coração dispara, como eu pude ser tão descuidada? Corro em direção a minha cama e observo uma mulher deitada em uma posição, que, em outras situações, eu admiraria — Ora, ora, quanto tempo, você está linda. Lembra de mim?

— Luisa. Lembro de você.

Luisa Flores: ex-namorada do meu irmão, a secretária dele, gostosa pra caralho. Ela sempre comparecia aos meus aniversários quando meu irmão não podia ir, ou seja, todos os anos. Da última vez que a vi, ela tinha 19 anos, agora deve estar com uns 26.

Ela sorri com malícia e faz um gesto com as mãos para que eu me aproximasse. Sentei na cama de frente para ela, que permanecia na mesma posição.

— Quem diria, aquela garotinha com chiquinhas fofas viraria a maior gostosa. Já disseram que seus olhos são magníficos?

— Sim, muitas vezes.

— Que bom que reconhecem uma princesa quando vêem uma.

— Porque está me enrolando?

— Não estou – ela sentou-se.

— Não está? – ela negou com a cabeça. — Então o que está fazendo?

— Me disseram que você estava sozinha, então vim te fazer companhia.

— O que Lex está pensando em fazer? Seja sincera.

— Não sei, ele apenas me mandou aqui, ele não vai fazer mal a ninguém.

— Eu já ouvi isso, da minha mãe, pouco antes dele me empurrar da nossa casa na árvore. Não confio nele.

— Ninguém confia nele, nem ele em ninguém. Mas realmente vamos falar sobre Lex no nosso encontro? Podemos fazer coisas bem mais interessantes – ela se aproximou, ficando centímetros distante da minha boca. — Eu posso fazer você esquecer ela – assim que ouvi ela se referindo a Kara, meu coração esfriou, como se eu nunca tivesse ficado nervosa. Eu a beijei. Com fúria. Sem desejo. Com excitação.

narrador.

Enquanto isso, Lex tinha um plano, afinal. Não é tão difícil de entender que Luisa foi atrás de Lena como uma mera distração, que Lena, infelizmente caiu.

O que ele planeja é tão absurdo que poderia ser catastrófico para o relacionamento de Kara e Lena, para a família Danvers e para o psicológico de todos na cidade, que estava prestes a ser estabelecida pelo caos.

Lex estava em Midvale desde que Kara voltou, apenas aguardando o momento certo para ser o grande filho da puta que nasceu para ser. Mas nada era certo e concreto.

Apenas uma coisa era certa naquela noite: ninguém estava seguro.

00:30 da madrugada – lex luthor ;

Em duas horas tudo iria mudar, assim que os Danvers saíssem do aeroporto, seus destinos eram certos. Eu farei de tudo para que eles passem pelo pior.

Mas, ao contrário do que pensam, nada disso será culpa minha, foi Lena quem causou o caos. Ou pelo menos, é isso que Kara Danvers vai pensar.

03:30 da madrugada, aeroporto – narrador.

Os Danvers saiam do aeroporto à pé e estavam prestes a chamar um táxi, um carro preto para e as portas se abrem, e, além do motorista, havia um outro passageiro no banco da frente.

— Já está ocupado? – Jeremiah pergunta ao motorista.

— Não, este é o meu irmão, vou levá-lo ao centro, espero que não seja um problema – o motorista responde e sorri.

— Não, está tudo bem, precisamos ir pra lá de qualquer forma e já está tarde para esperarmos outro carro – Eliza explica, Alex está quase dormindo em pé.

Eles entram no banco de trás carro, e ele partiu, no meio do caminho, o motorista e o seu irmão trocavam olhares suspeitos, mas até agora estava tudo indo bem, Alex dormia com a cabeça recostada no peito de sua mãe, que olhava através da janela a madrugada, Jeremiah estava distraído demais para perceber a esquisitisse dos homens a frente.

Até que, o carro entra em uma curva errada, o centro da cidade não ficava ali, aquele lugar era um campo vazio, com uma vegetação rasteira e totalmente medonha.

— Para onde estamos indo?! – o alerta de policial soa na cabeça de Jeremiah, que, com a mão, chama atenção de Alex, que acorda no mesmo minuto.

— Não se preocupe, estamos no caminho certo – o motorista diz e fecha o vidro que separava os bancos.

— Abre essa merda, deixa a gente sair seu filho da... – Alex grita quando um ar sonífero é solto na parte de trás, fazendo os Danvers caírem no sono.
...

— Olá, bom dia – Lex os cumprimentou, sorrindo. Os Danvers se encontravam amarrados com cordas e um panos nas bocas — Vocês são realmente uma família muito bonita.

Jeremiah tentava falar mesmo sabendo que não conseguiria, Eliza estava aos prantos e Alex tinha uma expressão pensativa, só observava o local atentamente.

Era todo de madeira, o teto baixo, vento com cheiro de terra molhada, uma janela com vidros quebrados, como se fosse uma passagem de ar. O piso duro feito pedra, parecia ser feito de madeira de de carvalho escuro, sem cômodos, todo vazio.

— Desculpem a inconveniência, sei como um voo pode ser cansativo, mas garanto que vão descansar em paz depois disso. Como podem ver, eu sou bem amigável, porém, infelizmente, não posso dizer o mesmo da minha irmã. Se querem culpar alguém, é ela.

Lex sai da cabana e uma menina de cabelos escuros, pele branca, olhos verdes (ou seriam azuis?), usava uma máscara que cobria apenas de seu nariz para cima, entrou em seguida.

Alex tinha certeza que era Lena e ficou se perguntando o que estava acontecendo. Sua expressão mudou para preocupação.

— Espero que estejam preparados, pessoal, isso vai ser bem desconfortável. Então, quem quer ser o primeiro? – Lena passou os olhos pelos três e então encarou Eliza, que chorava sem parar. — Que tal você, sogrinha? – Eliza entra em desespero, Alex perde sua calma e Jeremiah parece ter um ataque do coração. Ele tenta se soltar fazendo força na corda que o prendia.

Lena vai até ele e lhe dá um chute no estômago, ele geme e se contorce de dor no chão. A morena pega Eliza pelos cabelos e a joga no chão de bruços e, com um canivete, distribui cortes em suas costas.
...

Kara já estava preocupada pela demora dos pais, eles mandaram a última mensagem a horas e já estava para amanhecer.

Ela se lembra que sua mãe instalou nos celulares da família um GPS para saber onde cada um está, para que ela não se preocupe a toa. Vai servir para alguma coisa afinal.

A loira pega o seu celular e abre o aplicativo, que, imediatamente lhe mostra a localização da sua família. Ela estranha o fato de todos estarem no meio de uma estrada. Ela pensa que talvez o táxi tenha quebrado ou algo do tipo.

Kara entra na garagem de casa, e, com a moto de sua irmã, se direciona até o local com velocidade.

Há um carro preto estacionado próximo a um pomar, ela adentra o local com árvores e vê uma pequena cabana. Ela ouve gritos de socorro, choro e desespero. Kara reconhece a voz de sua irmã e imediatamente corre ao encontro dela. Quando ela abre a porta, seus olhos ardem em fúria e tristeza ao mesmo tempo. Seu sistema nervoso explode como uma bomba, e sua seu corpo parece adormecer.

Ela observa o semblante abatido de sua mãe, o sofrimento do seu pai e a melancolia de sua irmã. Todos cobertos de sangue. Mortos talvez. Sacrificados.

Um verdadeiro masacre, eu diria.

LuthorOnde histórias criam vida. Descubra agora