Luthor

Capítulo 18 - Como defender uma assassina

O jantar foi tranquilo, a medida do possível. Lena não teve um ataque nervoso nem matou ninguém, após a louça ter sido lavada por Kara e seca por Lena, as duas foram para o quarto.

- Isso foi cansativo. - Lena comentou.

- Desculpa, não foi mesmo uma boa ideia. - Disse, se jogando na cama.

- Não foi tão ruim, eles não são horríveis, só estão tentando te proteger. Eu queria ter pais como esses.

- Tá, tem razão. Uh, odeio quando isso acontece!

- Odeia quando eu estou coberta de razão? - Lena riu.

- Sim! Você sempre tem argumentos válidos e blá blá blá. - ela disse de um jeito engraçado. - Agora, porque não deixamos essa chatice de lado e não fazemos sexo?

- Kara! Seus pais estão aqui!

- Mesmo? Não consigo vê-los. - a loira olhou de um lado ao outro só por brincadeira.

- Em casa! Me refiro a casa. Não me sinto confortável, eu tenho vergonha.

- Para dessa frescura, você é tão perfeita que se eu fosse você eu andaria pelada. Seria sorte te ver nua. Eu tenho sorte.

- Sorte de ver o quanto eu fui machucada? As cicatrizes não somem só por causa dos seios redondinhos e da barriga definida.

- Ah não? Eu nem percebi!

- Cala a boca! - Kara podia ser nem exaustiva às vezes, principalmente quando falava demais.

- Vem calar! - provocou, e quando Lena avançou para cima dela, ela a beijou.

Kara foi para cima de seu corpo e continuou com o beijo, Lena pôs a mão na sua cintura com firmeza e inverteu as posições de maneira ágil, o que fez Kara se surpreender - o que não deveria acontecer, contanto com o histórico de Lena - com tamanha força.

- Nossa, você bem que deveria usar essa sua força de outro jeito, não é?

- Você é uma tarada pervertida, sabia?

- Sim! Mas a culpa é sua de ser tão gostosa assim. Dá vontade de te comer o tempo todo.

- Céus, Kara! Vê do que eu falo? - ela gritou, fingindo indignação, mas no fundo adorava aquilo. - Que tal hoje só deitarmos na cama juntinhas e assistirmos algo no notebook ou lermos um livro? Eu estou cansada. - a morena jogou o seu corpo para o lado vazio da cama.

- Certo, o que você quer primeiro? Um programa ou livro?

- Vamos assistir algo. Que tal aquela série Orange Is The New Black? Eu lembro que você comentou sobre ela.

- Tudo bem. Você vai adorar. - Kara se levantou para pegar o seu notebook na mesa de estudo - que, só para comentar, está uma bagunça -. Ela volta para cama e dá play no vídeo.
. . .

Cinco longos episódios depois, Lena passou a ficar indignada com tudo que acontecia no interior da prisão e do sistema, e mais ainda do preconceito entre as próprias prisioneiras. Nesse tempo, ninguém as incomodou e então Kara desceu para pegar algo para comer, seus pais não estavam na sala nem na cozinha, ela viu um bilhete em cima do balcão da cozinha.

"Eu, seu pai e o resto da família fomos ao centro, decidimos dar um passeio, achamos melhor não incomodar você e Lena. Tem pavê na geladeira, Kelly deixou uma boa quantidade só para você."

"Eba, pavê." Kara agradeceu mentalmente.

Voltou para cima e deitou-se, compartilhando a sobremesa com Lena.