Capítulo 16 - Lena Kieran Luthor

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Autora: estou muito contente, a fanfic está com mais de 1k de visualizações! Obrigada a todos que estão acompanhando essa história, fico feliz de saber que ela é cativante o suficiente para mantê-los entretidos. Continuem acompanhando, comentando e votando, pois essa história está longe de terminar. Compartilhe para pessoas que vocês acham que irão se interessar. Muito obrigada ❤️. Boa leitura.
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06:23 da manhã. Kara abria seus olhos lentamente com dificuldade por causa da luz que adentrava o quarto por inteiro, bocejou, ainda com sono e ao se despreguiçar, sentiu seu braço encostar em algo, virou-se lentamente para o lado e lá estava ela: Lena. A olhando fixamente com um olhar que eu descreveria apaixonado e um pequeno sorriso no rosto, diferente de todos os outros que Kara já viu. Não era um sorriso debochado ou falso, era verdadeiro e genuíno.

- Você tava me olhando esse tempo todo? Se sim, devo dizer que é muito estranho e que me deixa assustada - a loira diz descontraída indo ao encontro dos lábios da morena que ainda formavam um sorriso e deu um selinho.

- Eu matei um garoto na sua frente e te ameacei com um machado no lado escuro da biblioteca da escola, e você se assustou só por isso?

- Não me lembre o por que eu não deveria ficar com você.

- Vista-se - levantou-se a morena e apontou o dedo indicador para peças de roupas dobradas em cima do criado mudo, que fica ao lado da cama - acho que elas servem para você. Eu fiz um café da manhã muito bom, não podemos demorar, temos aula.

- Aí meu Deus! Que horas são?! - a reunião do Grêmio Estudantil...

- 06:26.

Kara basicamente deu um pulo da cama e correu para o banheiro, voltou na mesma rapidez para pegar as roupas que tinha esquecido. Ligou o chuveiro rapidamente e lavou-se apressadamente. Ouviu a porta do banheiro se abrir mas não deu importância, ela tinha que estar na escola às 07:00, essa reunião em questão é uma muito importante. Decidiriam coisas sobre o próximo jogo estadual de basquete feminino. Kara, além de vice-presidente do Grêmio, é capitã do time. Ela tem que estar lá de qualquer forma.

- Sabe, como vejo que você está muito apressada... Vou fazer um café da manhã para a viagem. Gosta de donuts e chocolate quente, ou prefere café?

- Adoro donuts e chocolate quente, querida - respondeu sem sequer entender direito o que Lena havia acabado de falar.

A morena direcionou-se a cozinha enquanto a loira vestia-se devidamente. 06:32. Kara pegou emprestado um par de tênis de Lena, calçou e logo depois ambas saíram de casa finalmente. Durante metade do percurso o silêncio tomava conta, Kara tinha milhões de pensamentos ao mesmo tempo, enquanto Lena estava serena. O dia já começou estranho.

- Chegaremos a tempo - o silêncio foi quebrado por Lena.

- O quê? - parece que a bolha estourou.

- Na escola. Vamos chegar a tempo. Você está muito nervosa, mas não precisa, vai se sair ótima na reunião. Você é boa com as palavras - as mãos da Luthor entrelaçaram com as da loira.

Kara sorriu sem mostrar os dentes e agora não parecia tão nervosa quanto antes. Um bom sinal.

- Você vem para a minha casa hoje a noite também? - Lena perguntou.

- Não desculpa, minha mãe vai ficar enchendo meu saco se eu ficar fora por mais de uma noite com uma menina sozinha. Vai achar que você é minha namorada e vai querer que eu te apresente a família, esse tipo de coisa.

- E porque não me apresentar a sua família?

Porque não? Essa pergunta surgiu na mente da loira. Pensando melhor e racionalmente, Kara não sabe nada sobre Lena, nem ao menos sabe se seu nome real é mesmo Dayana. Nada. Não sabe nada. Quando ela se tornou irracional?

- Eu... não... conheço você - falou com dificuldade, como se tudo estivesse claro e a ficha tivesse caído.

Elas pararam de andar instantâneamente e ficaram uma de frente para a outra. Kara não a olhava nos olhos.

- Eu não sei de nada. Quem é você? O quê veio fazer aqui? Não sei. Não sei de nada. Eu... simplesmente não sei. Como cheguei a esse nível? - pôs suas mãos na cabeça procurando em sua mente o quê faria a partir de agora.

- Kara... - suspirou. Elas não podiam ficar assim para sempre. Um dia Lena teria que dizer a verdade - meu nome é Lena Kieran Luthor.

Kara começou a digerir aos poucos aquela informação, quando finalmente percebeu... Luthor?

- Luthor? Da família Luthor?! Meu Deus!

Os olhos arregalados de Kara entregavam sua surpresa, ela não conseguia acreditar. Estou namorando uma Luthor.

- Sim. Da família Luthor. Agora que já tem o que quer, vamos embora - disse com ignorância e Kara estranhou seu tom, mas não disse nada e apenas sorriu internamente.

O dia foi entediante. A reunião foi bem apesar do pequeno atraso de Kara, Lena passou quase o dia todo na biblioteca lendo clássicos de horror, faltou a maioria das aulas menos a de filosofia, que é sua preferida. Na hora da saída, não esperou por Danvers e apenas partiu para a sua casa, não estava a fim de conversar, nem sobre sua família nem sobre seu passado.

Ela poderia colocar tudo a perder por causa do sentimento que sentia por Kara. E se Kara a entregasse? Lena está muito vulnerável recentemente, e posso dizer com toda certeza que Danvers é a culpada. Talvez, só talvez ela não tivesse nem força para machucar Kara, isso está totalmente fora de cogitação.

Chegando em casa, jogou sua bolsa no sofá e correu para o banheiro. Tomou um banho quente que fez sua mente descansar, pegou uma toalha branca e envolveu no seu corpo. Foi na cozinha, abriu a geladeira e retirou um doce de chocolate.

- Não sabia que isso tava aí, você escondeu só pra eu não comer? - a voz de Kara soou atrás de seu corpo e ela virou-se para olha-la.

- Sim. Você comeu a minha torta inteira e eu não vivo sem chocolate.

- Podemos conversar?

- Não.

- Eu chupo você depois, eu juro - Lena corou.

- Kara!

- Você me disse que era uma Luthor e depois me evitou o dia inteiro, achou não íamos conversar depois disso?

- O que você quer saber?! - sentou no sofá violentamente, acompanhada por Kara.

- Do porquê você veio pra cá, o porquê de não estar com seus pais e o motivo para matar um garoto e ameaçar as pessoas com machados.

Lena suspirou lentamente e mordeu seu doce, oferecendo a Kara logo após, que aceitou e o mordeu também.

- Fui diagnosticada com psicopatia quando era criança. Meus pais sempre me achavam estranha, e a teoria só ganhou força quando comecei a machucar outras crianças e á mim mesma. Nunca demonstrei muitos sentimentos... até recentemente.

- Uau... Nos artigos que li sobre os Luthors não citavam isso, na verdade, nem falavam muito sobre você.

- É, minha mãe nunca quis que soubessem. Tinha medo de perder as parcerias e odiava quando a imprensa ficava em cima. Ela me internou em um Hospital Psiquiátrico em Moscou aos dez, onde fiquei até os quatorze. Lillian me internou secretamente, isso quer dizer que meu sobrenome foi ocultado e ninguém podia comentar nada sobre mim. Meus pais pagaram para não falarem. E pagaram para me tratar da forma mais radical possível. Sinceramente, eles nunca nem tentaram me curar, só queria que eu ficasse quietinha como uma boa menina, no fundo eles sentiam que nem tinham mais uma filha. As cicatrizes que você viu foi resultado das minhas diversas tentativas de fulga. Os enfermeiros constantemente me colocavam em camisas de força e me deixavam com ela por horas até eu me acalmar. Eu não comia, não bebia, não falava porque tapavam minha boca pra eu não gritar. Tirando isso, lá era uma chatice eu só lia e comia o dia todo porque Lillian proibia os enfermeiros de me deixar sair quando ela não estivesse.

- Meu Deus isso é... chocante. Eu... não sei o que dizer - Kara disse, totalmente ingnada com o que fizeram sua garota passar.

- Não diga nada. Ainda vamos fazer sexo?

- Tem que ser rápido, tenho que ir pra casa.

LuthorOnde histórias criam vida. Descubra agora