Capítulo 15 - Oxigênio

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     ATENÇÃO: CONTÉM SEXO EXPLÍCITO
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Kara's point of view.

Demoramos uns trinta minutos para chegarmos na casa de Lena, fizemos o mesmo trajeto que ela fez com Drake, devo admitir que tive um pouco de medo no começo, mas ela não vai me fazer mal.

Sua casa é bem sofisticada para uma casa no lago. Tem o cheirinho dela - da Dayana - e é bem acolhedora e confortável.

— Quero fazer sexo no sofá – ela diz sem o menor constrangimento e eu me assusto com sua afirmação.

— No sofá? – pergunto — não seria mais confortável na cama?

— Não, minha cama faz uns barulhos irritantes, eu fico maluquinha por causa disso – ela retira os saltos e eu retiro os meus.

— Entendi.

Observo os cômodos da casa de longe, dá para ver parte de sua suíte, tem um banheiro ao lado da cozinha, que é separada da sala por um balcão de mármore. Quando volto meu olhar para Dayana, ela não está mais no mesmo lugar, percorro meu olhos rapidamente por todo canto da casa.

— Estou aqui. Você está assustada, Kara? Está com medo? – ela pergunta, quando percebo que está deitada no sofá quase totalmente despida, com exceção de sua lingerie. Não consigo vê-la, apenas ouvir sua voz.

Demoro um pouco para responder, sinceramente, sim, estou com medo de ficar sozinha com ela longe de casa e longe de tudo. Estou petrificada por causa do nervosismo e medo misturado.

— Eu não vou machucar você. Venha para cá, sim? – não consigo respondê-la diretamente então apenas me aproximo do sofá.

Sento no lentamente de frente para a TV. Não olhei para ela ainda, mas já sei que está despida, porquê sinto o calor de seu corpo. Nunca me sinto tão nervosa quando vou transar com uma garota, é sempre o contrário. Com Dayana é totalmente diferente, ela me causa uma explosão de emoções.

— Kara, relaxe.

Não a encaro, olho para o nada a nossa frente. Não sei o que aconteceu, de repente perdi todo o tesão. Mas que merda hein!

— Antes que encare meu corpo despido, não se assuste por favor.

No mesmo momento em que ela disse isso, viro minha cabeça para a sua direção e meu olhar pousa sobre seu corpo e meus olhos instantâneamente arregalam minimamente. Cicatrizes. Seu corpo é repleto de cicatrizes. Meu Deus, o que houve com essa menina?! Vejo que ela certamente não foi muito alegre durante sua vida. Uma me deixa particularmente perturbada, a que dá uma volta em sua cintura. Parece que um arame farpado agarrou sua cintura e a apertou. Não consigo sem imaginar a dor que ela sentiu. Por outro lado, dá para ela um ar durão e de resistência.

Ignoro suas marcas, porque algo acendeu dentro de mim quando foquei em seus seios e sua intimidade. Estavam cobertos por peças, mas não por muito tempo. Mordo meu lábio inferior, não quero começar a salivar. Fiz um movimento, anunciando que iria toca-la, quando ela suspira e eu hesito.

— Eu sou virgem.

Sério, do nada assim? Ela devia ter me dito antes. Do jeito que ela falou antes, parecia ser bem experiente. Seu humor e sua personalidade são totalmente confusos.

— Não se preocupe. Eu tive uma ideia.

Tiro meus trajes sem muita pressa, permanecendo com minha única peça íntima no corpo. Deixando meus peitos expostos para ela, que não deixava de observa-los maliciosamente. Ajeito-me no sofá e peço para que ela se sente e encoste numa almofada. Fico de frente para ela. Suas pernas estão minimamente abertas. Sua calcinha é vermelha, assim como seu sutiã que tem detalhes em rendas pretas.

— Eu quero que se toque para mim. Me mostre do jeito que quer que eu te foda.

Ela engoliu seco. Suas pernas fecharam de vez rapidamente. Eu fui autoritária demais? Não, não é isso. Ela está com vergonha.

— Não tenha vergonha de mim. Vamos.

Ela lentamente me obedece. Põe sua mão sobre o tecido vermelho e acaricia seu sexo, me olhando fixamente. E meu Deus, como isso me enlouquece! Nunca pensei em ver aquela garota fria, calculista, má e cruel, fosse se entregar desse jeito, completamente vulnerável aos mais pequenos toques.

Agora, começou a se tocar por baixo da peça vermelha, estimulando seu clitóris. Observei sua calcinha ficar totalmente humidecida assim como a minha. Não pude me controlar e toquei meu próprio seio, o apertando e acariciando. Percebo ela adentrar seu ponto sensível com dois dedos, e ao ouvir seu gemido misturado de dor e prazer, senti meu clitóris pulsar.

— Kara – ela chama com dificuldade — não consigo sozinha.

Narrador.

Sem respondê-la, Kara aproxima-se, fica por cima da morena e a beija. A loira sussurrou em seu ouvido para que ela não parasse com os toques, beijou sua nuca e começou a retirar o sutiã de Lena sem dispensar os beijos pelo seu corpo. Interrompeu aqueles rápidos beijos e tentou tirar a calcinha de Lena, mas a mesma interviu, fechando as pernas. De novo. Está com medo, pela primeira vez.

— Não se preocupe, eu sei o que estou fazendo.

Continuou, retirando a peça vermelho e revelando aquela bela parte que Kara tanto gostava em meninas. Mordeu os lábios e observou por um tempo, imaginando todas as coisas que poderia fazer. Lena resmungou algo, indicando que não queria esperar, tinha um semblante irritado. A loira sorriu e voltou a distribuir beijos sobre o corpo de Lena até chegar onde interessava.

Lena pôde sentir o hálito quente se aproximando de seu ponto sensível e este ficou ainda mais excitado. Kara passou sua língua por toda extensão do sexo da menina, que gemeu de forma manhosa e longa, ela levou sua mão ao próprio clitóris e o estimulou, enquanto Kara continuou trabalhando sua língua naquele local sensível. Lena não podia nem conseguiria explicar o misto de sensações que sentia naquele momento prazeroso, lhe faltava até o ar, como se todo o oxigênio do mundo tivesse sido consumido por Kara. Somente por ela. Não iria mais aguentar, Kara adentrou o seu sexo com a língua, seu interior se contraiu. Revirou os olhos sentindo o orgasmo chegar e se permitiu. O orgasmo mais gostoso que já tivera.

Kara se deliciou com todo aquele líquido que escorria, Lena é literalmente deliciosa, pensou. Levantou-se daquela posição para olhar para Lena, que está de olhos fechados recuperando-se do acontecimento anterior. Está ofegante. A loira percebeu que não fariam mais nada "quente" naquela noite, pois essa foi a primeira vez de Lena e não queria deixa-la sobrecarregada ou pior, machuca-la.

Sentou-se no sofá apenas com a roupa íntima de baixo e pegou seu celular.
“estou com uma garota. Diga para a mamãe que não irei dormir em casa hoje e que estou bem. Boa noite” mensagem enviada há um minuto para Alex Danvers. Visualizada ✔️

“tá bom, não esquece que amanhã você tem aquela reunião importante no Grêmio. E manda ver aí 🔥. Boa noite.” mensagem visualizada ✔️

Kara pegou Lena nos braços do jeito que estava e a levou com cuidado para a cama. Colocou-a de uma forma confortável e a cobriu já que fazia muito frio, deitou-se ao seu lado e virou-se para o lado oposto do dela, sentindo, alguns segundos depois, aquele corpo - agora quente - juntando-se ao seu. Kara agradeceu a Deus naquela noite por ter conhecido Lena.

LuthorOnde histórias criam vida. Descubra agora