Capítulo 5 - Drake, O morto

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Lena Pov's

Eu conseguia suportar a escola facilmente, eu realmente gostava de ver outras pessoas, mesmo não gostando de estar em meio de multidões.
Passei a observar o comportamento de todos, e achei-os engraçados, eu sinceramente não era de ter sentimentos verdadeiros, na maioria das vezes eu fingia,  o que me impedia de ter um comportamento desajeitado, já que eu era muito calculista em tudo o que fazia.

Aprendi novas maneiras de me comportar e fiquei muito animada. Passei também, a observar diversos alunos, a maioria eram bem legais. Mas um em particular fez meu sangue ferver, só de olha-lo. Drake Tompson. Ele era mais que insuportável. Um jogador de basquete convencido e metido, que vivia assediando as meninas que ele julgava serem 'gostosas'. A maioria ficava incomodada com o comportamento dele, porém nunca falavam nada.

Fiquei sabendo que hoje haveria um jogo de basquete feminino, surpreendi-me quando soube que Kara fazia parte do time. Decidi que iria assistir ao jogo, mesmo sabendo que na mesma hora haveria aula. Nunca fui de 'matar aula' mas achei realmente nescessário, afinal, nunca tinha visto um jogo de basquete - ou qualquer outro -, então empolguei-me mais ainda.

Sentei na arquibancada, afastada de algumas pessoas que estavam ali para assistir ao jogo também, do local onde eu estava dava para ver tudo, os times se preparavam então um apito soou e eu tapei meus ouvidos devido ao extremo barulho.
O jogo começou e em menos de cinco minutos o time de Kara marcou uma cesta.

— Isso aí Danvers Sapata, pelo menos sabe jogar!!!! – Olhei para o lado, procurando o sujeito que havia pronunciado aquilo. Me dei conta que era Drake, O grande babaca. Kara fingiu não ouvir, já que o garoto gritou tão alto que acho que até quem estava fora pôde escutar.

O jogo continuou e o time rival marcou duas cestas a mais, o time de Kara estava em apuros, faltavam menos de dez minutos para o jogo finalizar e ainda tinham duas cestas de diferença.

— Vai lá Danvers! Cadê aquele seu otimismo?! Se eu estivesse aí o jogo já teria terminado! – O grande babaca gritou novamente e meu sangue ferveu, e dava para perceber que o de Kara também, ela lhe mostrou o dedo do meio e ele fez o mesmo.

O jogo terminou e infelizmente o time de Kara perdeu. O que a fez alvo de várias piadas que, provavelmente, durariam a semana inteira. Fui parabenizá-la pelo bom jogo, mesmo que ela tenha perdido. Aproximei-me dela.

— Bom jogo, você foi ótima. – Eu disse amigavelmente.

— Obrigada, mesmo assim, acho que não fui boa o bastante para ganhar. Preciso de um banho, até mais Dayana.

Uau, pensei que nossa conversa duraria mais, porém ela parece muito chateada, dá para entender. É melhor eu ir para a aula, já perdi as duas primeiras.

Kara Pov's

Estou muito brava! Poxa, eu nunca errei tantas cestas. Vou ser alvo de piadas agora, às vezes costumo ter um orgulho exagerado de mim mesma e acabo me gabando então quando perco um jogo, todos se viram contra mim. Principalmente meus amigos.

Fui tomar um banho, eu estava fedida e suada. Após ficar limpa, fui direto assistir as aulas. Enquanto direcionava-me a sala, vi Dayana e Drake conversando num dos corredores. Fiquei curiosa, o quê alguém tão elegante e inteligente estava fazendo com o garoto mais burro e irritante da escola? Eu sabia que era muito errado espiar a conversa alheia, mas mesmo assim me aproximei dos dois e escondi-me para que não pudessem me ver. O quê não adiantou muito, já que não consegui entender sequer uma palavra do que diziam, eles sussurravam mais baixo que um sussurro! (Isto fez sentido?)
Apenas consegui vê-los indo para a mesma direção. Iriam para a aula de gramática.
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Após o horário de escola ter terminado, pedi para que Barry e Íris me acompanhassem até em casa, já que Winn estava doente e consequentemente não pôde vir e Samantha foi chamada para uma reunião de emergência.
Eu realmente não gostava de ficar sozinha com esses dois, segurar vela é tão desagradável!

Ao sair da escola, percebi Dayana e Drake andando lado a lado na mesma direção. Fiquei mais curiosa ainda, eles estão juntos? Espero que não, Drake seria uma péssima influência para Dayana, coitadinha. Novamente, decidi xeretar.

— Barry, Iris, lembrei que tenho que fazer algo. Podem ir sem mim, eu ficarei bem. – Dei uma desculpa esfarrapada.

— Tudo bem, Kara, se cuida. – Disse Iris se despedindo. Barry me lançou um sorriso e eu retribui.

Corri para conseguir alcançar Dayana e Drake porém mantendo uma distância segura. Não ouvi o quê falavam, eles estavam bem próximos e eu realmente não estava gostando,e não é o que você pensa! Como disse antes, apenas estou preocupada com o mau exemplo de Drake.

Andamos mais ou menos quinze minutos, e isto está a começar a ficar estranho, já que paramos em frente a entrada da floresta de Midvile. Ouvi eles pronunciarem algo: — Onde fica a sua casa? Daqui para a frente é só floresta. – Drake perguntou com a testa franzida.

— Não se preocupe, eu moro em uma cabana perto de um pequeno lago, não demorará mais que cinco minutos. E aliás, tenho algo para você lá dentro. – Dayana fala, e o lança um sorriso malicioso.

Eca, eca, eca! Puxa, eles iam mesmo transar? Nunca pensei que Dayana fosse se rebaixar tanto. Drake sorri e segura sua mão, Dayana o guia para dentro da floresta e depois de andar um pouco ela parou em uma clareira. Haviam árvores em volta então me escondi atrás de uma delas. Deu uma visão clara de tudo, e dava para escuta-los bem.

— Paramos aqui porquê? – O babaca perguntou.

— Para isso.

Dayana, repentinamente saca uma faca, que estava muito bem escondia atrás do laço de fita de seu vestido preto. Como eu não percebi isso? Ela sem mais nem menos, o perfurou na barriga, foram facadas atrás da outra. Resultando em 23 facadas seguidas... Que horror! Fiquei petrificada na hora! Comecei a tremer e não consegui pronunciar sequer uma palavra, não consegui gritar por ajuda, não consegui pedir para que ela parasse, não consegui fazer nada!

Drake caiu no chão, ainda vivo, mas tenha certeza que quase pude ver sua alma saindo do corpo. Dayana não parou, ao vê-lo caído agarrou o pescoço do rapaz, o esticou e começou a mutila-lo, e não só no pescoço, em todo corpo. Após decepou sua cabeça, que ficou separada do corpo.
Senti vontade de vomitar e achei que iria desmaiar, fiquei tonta e sem querer pisei em um galho, que fez um barulho que ecoou pela floresta fazia. Rapidamente me abaixei, tentando me esconder e aparentemente havia funcionado, já que Dayana virou seu olhar para o local onde eu estava por apenas alguns segundos.

Percebi que ela adentrou ainda mais a floresta, foi aí que eu pude respirar direito. O que acabou de acontecer? O que eu faço agora? Quem é essa garota? Perguntas sem respostas rodeavam a minha cabeça, então, tive a pior ideia possível, sair dali como se nada tivesse acontecido.
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Sinto muito por estar tão ausente, estava ocupada, porém, vou começar postar com mais frequência!
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LuthorOnde histórias criam vida. Descubra agora