A infância de Lena sempre foi complicada, ela nunca foi uma criança normal. Seus passatempos preferidos eram tocar piano e ler, isso era peculiar para uma criança com oito anos de idade. Seu pai ficava preocupado, sua mãe parecia não se importar, ela sempre a achou normal, seu irmão era ausente demais para prestar atenção em seu comportamento. Lena não tinha facilidade em fazer amigos, aos seus oito anos conheceu Andrea, elas se deram bem na primeira vez em que brincaram juntas. Mas acontecimentos estranhos fizeram os pais de Andrea afasta-las.
Todas as vezes em que Lena ficava perto de crianças que não gostava, uma delas sempre saia machucada. Um exemplo disso foi quando um garoto de cinco anos a empurrou e ela caiu, Lena se vingou do garoto furando seu braço com uma tesoura. Ou outra vez em que duas garotas falaram mal de Andrea, Lena as atirou pedras no caminho para casa, além do acontecimento com Suzana.
Seus pais a levaram em psicólogos e eles sempre diziam as mesmas coisas: “Sua filha é peculiar, ela tem sintomas típicos de um psicopata.” Lionel recusava-se a internar Lena, ele não acreditava que sua pequena garotinha era doente mental, ele queria dar uma vida boa para Lena, uma vida normal. Sua mãe Lillian ficou furiosa com as decisões de Lionel, ela não se importava com Lena diretamente, e sim com o nome Luthor, Lillian tinha um nome a honrar, essa era sua maior preocupação.
Lena ficava atormentada com tudo aquilo, ela odiava os barulhos vindo do quarto dos pais. Ela sabia do que se tratava, mas não se importava nem um pouco.
— A Lena é doente Lionel, DOENTE! – Disse Lillian, ela discutia sobre Lena com Lionel em seu quarto. — Não podemos deixa-la solta por aí, machucando quem quiser, internar é a melhor opção.
— Ela é uma criança, não acha que ela iria sentir que a abandonamos? É melhor para ela que fique aqui, imagine o que se passa na cabeça dela.
— É melhor para ela, ou melhor para você Lionel?
— A que se refere?
— Você está sendo egoísta, a Lena é uma menina com doenças mentais, ela precisa ser tratada.
— Eu estou sendo egoísta, Lillian? Acha que eu não sei o por quê você quer que ela seja tratada longe de todos?
— A Lena vai para um hospital psiquiátrico sim, eu sou a mãe, eu decido. – Qualquer outra coisa que não fosse internar Lena era fora de cogitação para Lillian, aquilo era o sensato a se fazer, segundo ela.
***Rússia, Moscou - Janeiro de 2010
— Vai ficar tudo bem, querida. – Disse Lionel, com lágrimas nos olhos, prestes a deixar Lena Luthor num hospital em Moscou.
— Para onde vocês vão? – Pergunta Lena. — Porque eu tenho que ficar aqui? O que eu fiz de errado? – A pequena Luthor não era boba, muito menos burra, ela sabia o porquê estava ali.
— Não se preocupe, vamos vir visitá-la durante o mês. – Falou Lillian. — Não fique triste, é para o seu bem e para a segurança de todos. – Disse por fim, virando às costas e andando até a porta. — Vamos Lionel, temos muito a fazer. – Lionel a abraçou, e lhe deu um beijo na testa.
Uma enfermeira pegou na mão de Luthor, puxando-a.
— Para onde eu vou? – Perguntou Lena, tentando acompanhar os passos da mulher que andava muito rápido, a menina tropeçou em seu próprio pé e quase caiu. — Espere, não consigo acompanhar! – Finalmente a mulher andou mais devagar. — Muito bem, obrigada. Para onde está a me levar senhora? Você entende a minha língua? – Perguntou a menina, mas não obteve resposta. — Здравствуй! (Olá) – Disse Lena, desta vez em russo.
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Luthor
FanfictionTem algo errado com Lena. . . . . . . . iniciada em 29/11/2020 finalizada em 03/01/2022 ©unlovedxw