Vizinhos

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"- Q-quem estava com você?

- ..." -Abro a boca para falar, mas o som não saia.

- Era um garoto? -Deidara pergunta, ganhando a confirmação assim que o olho perplexo, os olhos arregalados pelo chute certeiro.

- Não é só isso, e-ele... É muito irritante! Não pode ser ele!

- Nem tudo é como pensamos ser. -Dei destranca o carro entrando no mesmo enquanto sua expressão continuava séria. Após entrar ele bate no volante, irritado por um instante. – Droga, hoje não é meu dia mesmo... Entra no carro, precisamos ir para casa. A tia Kushina precisa saber disso.

- kuso... -Entro no carro nervoso com a situação.

Demora alguns minutos para chegarmos em casa, queria que pudesse se passar mais tempo, mas nem todas as horas do mundo seriam tempo o suficiente para tirar o pânico e o nervoso de mim agora.

Ao estacionarmos em casa Deidara sai do carro, logo me encarando enquanto continuo dentro do veículo.

- Vem, você precisa entrar.

Respiro fundo antes de pegar minha mochila e sair do carro, indo em direção a fortaleza do qual estive "preso" desde o dia em que nasci. Assim que abrimos a porta, meus pais correm até nós, com um sorriso nos rostos, ansiosos.

- E então, como foi seu primeiro dia de aula? -Meu pai pergunta ainda usando um avental e secando um prato.

Continuo quieto sem saber como contar. Os dois mais velhos ficam preocupados, logo desfazendo o sorriso para dar lugar a uma expressão preocupada.

- Filho, o que aconteceu? -Minha mãe pergunta se aproximando um pouco mais. Podemos discutir como cão e gato, mas em horas como essa ela é o primeiro abraço do qual procuro.

- Mamãe... -A chamo e rapidamente a abraço com força, a fazendo me abraçar de volta imersa de preocupação.

- O que foi, minha raposinha? -Pergunta com a voz calma e cheia de ternura. Ela sabia que eu não agia assim quando fazia algo errado, mas sim quando estava nervoso e/ou preocupado demais.

Minha mãe, ainda me abraçando, nos leva até a sala, me fazendo sentar no sofá com ela.

- Mãe, eu quero me mudar! -Digo ainda a abraçando, contudo, agora um pouco mais frouxo para poder olhar em seus olhos, os meus brilhando querendo descer as primeiras lágrimas.

- Primeiro me diz, o que aconteceu?

- Eu encontrei meu Nadameru. -Respondo nervoso.

- Você o que? -A ruiva estava pasma, a boca entre aberta, mas logo tenta se acalmar quando meu pai toca seu ombro gentilmente.

- E quem é? -Meu pai pergunta.

- ... Não pode ser ele, tem que ter alguma coisa errada! -Digo ainda com esperanças.

- Filho, não escolhamos quem é, só acontece. Deve haver algum motivo que você ainda não saiba. Agora me diz, quem é? -Minha mãe fala tentando me acalmar enquanto toca meus ombros e olha fixamente em meus olhos safiras.

Quando eu ia abrir a boca para falar a campainha de casa toca, adiando que eu tenha que falar isso em voz alta e aceitar a terrível realidade.

- Eu abro. -Meu pai diz indo até a porta principal da casa. Minha mãe ignora a porta, deixando isso para meu pai, então volta a prestar atenção a mim.

- Então? -Pergunta novamente enquanto acaricia meu rosto. - O nome dele é?...

- Sasuke Uchira... -Digo, falando ao mesmo tempo que outra pessoa. Meus olhos correm em direção a porta, vendo o dito me encarando com um sorriso de canto ao lado de meu pai que havia falado juntamente comigo. – Prazer em conhece-los.

Maldição de um AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora