Xingamentos

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Vovó Tsunade conferiu diversas vezes, a meu pedido, e confirmou que o bebê estava saldável. Kurama ainda não havia dito uma palavra sequer, o que estava me preocupando, mas eu não tinha muita coisa que pudesse fazer, então, após uma xícara de chá, meus avós me deixaram em casa. Eu só queria um banho quente e uma cama, mas pouco depois de entrar sou recebido por Sasuke e meus pais, ambos desesperados.

- Onde você estava?! -Minha mãe é quem pergunta, apavorada.

- E-eu... estava com meus avós. Não estava me sentindo bem, então pedi pra vovó fazer alguns exames. -Digo receoso.

Sasuke corre até mim e me abraça, em seguida soltando um suspiro.

- Da próxima vez me avisa, eu vou com você.

Lembro do aviso de Tsunade e o afasto, surpreendendo não apenas ele como meus pais também. Por sorte Deidara aparece e não me são feitas perguntas do porque fiz aquilo.

- Onde você estava moleque? -Dei pergunta. – Tem ideia da preocupação que nos causou?

Nagato passa por Dei e me abraça.

- Seu idiota. -Ele estava chorando? Gente, eu sumi por umas duas ou três horas, não dias.

- E-eu... Só passei algumas horas fora... -Digo confuso.

- E porque não ligou?! -Minha mãe pergunta, exasperada, em seguida vejo que começou a chorar. – Achei que você pudesse estar morto! Liguei pros seus avós e nem eles atendiam o telefone! Tem ideia da minha preocupação?!

Meu pai a abraça de lado. Achei que ele me defenderia, mas...

- Naruto, sei que você não deveria estar se sentindo bem, mas... -Ele me olha severamente. – Não pode simplesmente sumir assim e não avisar a ninguém. Mesmo que estivesse com seus avós nós não sabíamos de nada. Passamos todo esse tempo achando que o pior poderia ter acontecido, sem podermos fazer nada, só rezando para que você aparecesse ou tivéssemos notícias sua. Até mesmo ligamos para seus dindos para que eles dessem seu desaparecimento.

Me sinto mal agora. Eu estava tão preocupado com o bebê que não pensei em mais nada. Eu devia ter pelo menos avisado meus pais no caminho. Eu devia imaginar que o Sasuke viria para a minha casa.

- Me desculpa.

Minha mãe corre até mim e me abraça.

- Seu imbecil. A quem puxou? -Ela separa um pouco o abraço. – E o que você tem? Porque ficou mal?

- Ah... Vovó não tem ideia, mas disse que estou bem fisicamente. Mas... Desde que senti aquelas dores... Eu não consigo mais falar com o Kurama. -Digo, os fazendo arregalar os olhos.

- Ele nunca nos ignorou, mesmo nosso ancestral do qual não se davam. Então...

- Alguma coisa aconteceu. -Digo. – Além disso... -Olho para Sasuke. – Parece que toda vez que toco o Sasuke algo em mim acontece. Como da vez com o incidente da mão. -Ele me olha confuso.

- Como assim?

- Eu também não sei. Mas talvez tenha ligação. Vovó pediu para que não me tocasse até que ela descobrisse. -Foi a desculpa que inventei, do qual não é totalmente mentira, só distorci algumas partes, para que ele não me tocasse.

- Será que isso tem alguma coisa haver com sua dor não ter parado mesmo comigo te tocando? -Sasuke pergunta.

- Pode ser.

Meu pai olha seu relógio e suspira.

- Já está tarde. Sasuke, eu te acompanho até em casa. Quando eu voltar ligarei pros seus dindos para que eles cancelem a APN e possam aproveitar a viajem.

Maldição de um AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora