Maldição de um Amor

Minha fuga

"Ele não me ama".

Essa constatação faz meus olhos arderem novamente. Não demora até que eu esteja chorando a plenos pulmões. Não demora também para que meus pais venham até mim e tentem me acalmar, o que não funciona.

Depois desse dia minhas noites de sono pioram ainda mais. Estou dormindo cerca de três a quatro horas por noite e tenho pesadelos em todas elas onde acordo tremendo e chorando. Minha mãe tentou fazer chás pra eu dormir, mas não deu efeito nenhum. Meu pai também tentou me fazer massagem antes de dormir para relaxar, mas não adiantou. Deidara tentou me ensinar a pintar para desestressar, mas deu no mesmo. Até Nagato, preocupado, veio passar a dormir comigo a duas noites, para ver se me passa conforto. Mas acho que é pior, porque assim eu tenho que ficar acordado e no escuro quando acordo de um pesadelo. Eu estava exausto, física e mentalmente.

- Filho, preciso ir no mercado comprar as coisas para o jantar. Tudo bem você ficar sozinho por uma hora? -Minha mãe pergunta se sentando na cama, tocando minha mão gentilmente.

Sorrio forçado e assinto.

- Não tem problema. Vou ficar bem.

Ela sorri fraco e se levanta, logo depois saindo de casa. Também me levanto e começo a me arrumar. Com me arrumar digo que coloco um sobretudo e sapatos, além de escovar os dentes.

"- Onde vai?"

- Ver meus dindos. -Digo sério, descendo as escadas e logo depois indo até a porta.

"- Então vai mesmo fugir?" -Sua pergunta me faz parar com a mão na fechadura.

- ... E eu tenho outra escolha? -Pergunto, logo depois abrindo a porta e saindo.

Chamo um taxi, que fica me olhando estranho o caminho todo, e enfim chego até o apartamento de meus dindos. Fico tocando a maldita campainha sem parar.

- Já to indo, já to indo... Quem é pra ser tão impaciNaruto? -Kakashi pergunta, claramente surpreso ao me ver. – O que está fazendo aqui? E o que aconteceu com você? -Pergunta mais surpreso ainda e apavorado. Fico mais cansado ainda e apresento meus sintomas, e como um bom detetive ele percebe. – Entra, entra.

Kakashi me guia até o sofá e me ajuda a sentar.

- Pode me explicar o que faz aqui do nada? Eu te adoro, mas não é algo costumeiro seu. -Diz sério e preocupado.

- Onde está o Obito? Queria falar com vocês dois. -Digo um pouco aflito.

- ... Ele ainda está no trabalho. Encerrei meu turno mais cedo hoje. Quer que eu o chame? -Pergunta gentilmente e eu apenas assinto que sim com a cabeça. – Espere um pouco.

Ele se levanta e vai até a cozinha, falando com Obito pelo telefone. Enquanto esperávamos meu outro dindo, Kakashi me trás uma torta de chocolate com morango do qual eu mal toco.

- Você adora a torta do Obito, o que aconteceu pra mal tocar nela? -Kakashi pergunta sorrindo amigavelmente no sofá a minha frente.

- ... Eu...

Antes que eu pudesse responder a porta é praticamente arrombada por Obito, estando extremamente ofegante e apavorado.

- O que aconteceu com meu nenê? -Ele vem correndo até mim, segurando meu rosto. – Se machucou? Alguém está implicando com você na escola? Quer que eu puxe a ficha criminal ou fique de vigia em alguém pra você?

- Fica quieto seu idiota. -Kakashi diz descendo sua mão na cabeça do outro. – Deixa ele falar. -E com isso os dois olham pra mim.

- ... Eu... Encontrei meu nadameru.