Capítulo 20

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A voz rouca de Jae, a sua respiração quente na minha nuca e a imagem dele supostamente "me atacando" encheu na minha cabeça e meu corpo todo se arrepiou. O toque suave da sua mão em meu quadril me fez vibrar e umedecer o tecido entre minhas pernas. A lembrança da nossa vez encheu o ambiente e todo o que queria novamente era ele dentro de mim.

— Tem certeza que não quer sair? Fazer alguma coisa? Talvez ir até a esquina tomar um ar.

— Está querendo fugir de mim?

— Talvez. — Pigarreei e me afastei devagar. — Se continuarmos assim, sei que vou querer que me ataque.

Jae deu uma risada alta.

— Desculpa, não farei nada que não queira, mas sério, não tem nenhum lugar que queira visitar, sabe, como cheguei antes, já tive minha cota de passeios com JJ. Pensei em ficar mais sossegado com você e finalmente descansar.

Jae suspirou e acabei o abraçando mais uma vez.

— Você tem trabalhado muito, certo? Desculpa, não tinha me tocado. Vamos fazer um monte de nada então.

Sorrindo, ele beijou o meu pescoço.

— O que acha de fazermos um monte de nada no meu hotel? Vou me sentir culpado se fizer algo aqui na sua casa.

— Meus pais podem chegar a qualquer momento. — Ele concordou com a cabeça e sorri. — Então, vamos.

Não era sempre que o via e só Deus sabia quando finalmente nos veríamos depois que ele voltasse para a Coreia, então precisava aproveitar cada segundo que tinha ao seu lado e não estava disposta a desgrudar dele nenhum momento, mas sabia que seria muito chato se meus pais chegassem e nos encontrassem nos beijando ou outra coisa, tínhamos que manter a paz entre meu pai, pelo menos.

— Deixe-me apenas pegar minha bolsa e podemos ir.

— Leve algumas peças de roupas, porque não sei quando a deixarei voltar para casa.

Sem me soltar, Jae me acompanhou até meu quarto e ficou olhando ao redor enquanto enchia uma pequena bolsa com roupas e produtos de higiene.

No banheiro peguei uma bolsinha onde costumava guardar meus medicamentos e no segurança o levaria, abri para certificar que tava tudo certo quando puxei algo estranho que não estava ali e quase para trás.

— Melissa, tá tudo bem? — Jae correu até a porta do banheiro.

— NÃO! VÁ PARA LÁ. — Jae fechou os olhos e se afastou.

— O que aconteceu?

Peguei a caixinha de camisinhas e a enfiei de volta na bolsa. Quando me vi no espelho, o meu rosto estava completamente vermelho. Quem teria colocado aquilo bem ali?

Esperei a cor sumir para ter coragem de ver Jae novamente.

— O que aconteceu? — perguntou novamente e se aproximando.

— Nada não. — Não poderia contar para ele, nunca. — Só achei que tinha visto uma aranha, mas era só uma sujeirinha.

— Não sabia que você tinha medo de aranhas.

Ele passou o braço envolta dos meus ombros e me abraçou. Dei uma risada e tentei ignorar o produto.

— Acho que podemos ir, quer comer antes de irmos?

Jae fez uma careta enquanto pensava.

— Não estou com fome, mas qualquer coisa podemos pedir alguma coisa, eu pago. — Ele piscou e eu ri. — Você quer comer? Está com fome? — Jae segurou o meu rosto. — Você comeu alguma coisa hoje?

Depois do susto dele aparecer no portão e o susto da camisinha minha fome tinha desaparecido.

— Estou sem fome, na verdade. Melhor irmos logo.

Fiquei na ponta dos pés e beijei os seus lábios rapidamente e preparei tudo para partirmos.

— Podemos ir agora.

— Deixa que eu levo isso para você.

Ele tirou as bolsas do meu ombro e as carregou para mim. Ele era tão gentil que não consegui parar de sorrir até entrar no carro.

— Não fica muito caro alugar carro em todo lugar que vai?

— Nada, na verdade nem costumo alugar, prefiro dirigir apenas o meu, mas como quero andar com você, abro a mão desse costume.

Jae ficava sério sempre que dirigia e era chocante como ele era sexy no volante. E era mais chocante eu estar pensando isso.

Sem que ele percebesse, tirei uma foto e fiz um pequeno vídeo da sua concentração para assistir sempre que estivesse longe e aquela fosse a única maneira de matar a saudade de estar tão perto.

— Vou comprar alguma coisa para você comer.

— Mas não estou com fome.

— Mas vai ficar, sua mãe me contou que tinha acabado de acordar quando cheguei, então por garantia... — Jae estacionou e colocou o seu boné e máscara como sempre fazia. — Espera aqui.

Ele desceu e me deixou sozinha. Fiquei o observando de longe quando entrava em uma padaria, a rua estava vazia e parecia que a padaria também estava tranquila pela velocidade que ele voltou.

O cheiro que o pacote que ele trouxe era tão forte e delicioso que quando o senti meu estomago roncou vergonhosamente. Jae gargalhou.

— Isso é muito vergonhoso. — Escondi o rosto entre as mãos e o senti beijar a bochecha.

— Por que? Sinto me feliz em saber quando a minha namorada precisa de algo.

— Isso não é verdade.

— Não?

Com o rosto ainda escondido sussurrei:

— Preciso de vocês todos os dias e nem por isso você está aqui todos os dias.

Ele puxou uma das mãos e me beijou.

Esse quentinho que sentia sempre que o beijava, era isso que queria sentir todos os dias da minha vida e de alguma forma sentia que só ele podia me dar isso.

O seu quarto de hotel era tão magnifico quanto aquele que tinha ficado em Nova York. Ali tinha tudo que precisássemos se quiséssemos ficar ali pelo menos uma semana sem precisar sair do quarto.

A ideia de ficar uma semana inteira com ele ali me encheu, como gostaria daquilo, sabia que ele voltaria em breve, por isso faria daqueles poucos dias em uma eternidade se precisasse.

— Aqui sinto-me mais confortável em fazer isso.

Jae colocou minhas coisas perto das suas e veio em minha direção em passos rápidos e largos. Segurando em minha cintura, ele me derrubou na enorme cama e se encaixou entre minhas pernas. Conseguia sentir a rigidez na sua calça e percebi que já estava molhada. Os seus beijos em meu pescoço e leve roçadas me fizeram me perder em um mar de sensações.

Meu corpo se arrepiou por inteiro quando sua mão quente tocou minha barriga nua.

— Acho que é melhor você comer algo primeiro. — Ele acabou murmurando quando ouviu minha barriga roncar mais uma vez.

Ele se afastou com cuidado e a sua pupila estava dilatada, cheia de desejos, assim como a minha também provavelmente estava.

— Não, isso pode ficar para depois.

Envolvi-o com as minhas pernas e o prendi contra o meu corpo.

O desejava mais do que tudo agora e não queria mais ter que me segurar, não queria mais que o desejar a distancia a cada ligação ou sentir vazia todas as manhãs que acordava sem folego, eu o queria e tinha que ser nesse exato momento. 

Ele é um idol ♪ BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora