Ele é um idol ♪ BTS

Capítulo 32

—Eu... eu ... não sabia que amigos compartilhavam namoradas. —Estava engasgando na ideia de ter que me envolver com os outros seis, não queria de jeito nenhum.

— Nãooo! — Ele gargalhou enquanto abanava as mãos. —Ela era namorada dele, sempre foi, mas depois que você assinou aquele contrato, tive que assinar o meu assumindo namoro com alguma artista para abafar o caso, e bom, ela queria estar sempre perto do Tae, usei a situação para unir um casal. —Ele soltou um botão da camisa e respirou fundo. —Ele a pediu em casamento recentemente e quando viram a aliança, óbvio que acharam que foi eu. Foi notícia em todo lugar, fiquei com medo que você ficasse sabendo.

—Acredite, estou sabendo só agora. Confesso que eu evitei qualquer coisa que te envolvesse, eu não...

—Eu sei, seus pais me contaram tudo e me culpo por fazê-la sofrer. —Jungkook me surpreendeu com uma abraço. —Por favor, Melissa, me perdoa.

Quando se afastou, seu rosto estava vermelho e lágrimas o embalava. Era a segunda vez que o via de tal maneira. Jungkook nunca chorava na minha frente, nem quando assistiamos filmes tristes ele soltava uma lágrima, mas agora mais uma vez em busca de perdão ele se misturava em seu choro e sua voz quase não saia.

Afastei suas lágrimas e forcei um sorriso.

— Você terá que ralar muito para que eu te perdoe.

—Se você não me mandar para longe novamente, prometo que farei isso até o último dia da minha vida.

—Conto com isso.

Dessa vez foi eu que o beijei.

Agora que sabia que não estava prometido com ninguém não me culpei por beijá-lo, na verdade, só foi mais um motivo para beijá-lo mais intensamente e matar a saudade que sentia de estar em seus braços.

Jungkook acariciava o meu braço enquanto observamos o céu clarear e iluminar o quarto. Não tínhamos dormido ainda, não tinha sono quando tinha tanta coisa para conversar e falar. Quando o assunto chegou ao fim, passei meus dedos conhecendo e decorando cada uma das suas tatuagens, que eram muitas por sinal.

—Meu pai já as viram?

—Não me apavora, o dia nem nasceu ainda.

— Tudo bem, mas talvez ele arranque seu braço fora. —Gargalhando o abracei mais forte e afundei meu rosto entre seu ombro e pescoço inalando todo o seu perfume.

—Não fale isso, já me controlei a noite toda para não ter motivo para ele me matar, agora você me fala isso.

—Ele não fará nada que me faça infeliz. —Beijei seu pescoço e sorri. —Eu te protejo.

Jungkook se virou para ficar de frente comigo e entrelaçou o meu dedo.

—Você sabe que isso significa, certo? —Indicou o anel com o queixo.

—Talvez?

Ele cerrou os olhos.

—Que quero que se case comigo.

—Mas...

—Sem mas, sem se preocupar com coisas que podem ser resolvidas, é um sim ou não.

Pensei por um longo tempo, seria certo? Sabia que o tempo longe dele foi uma merda, mesmo que tentasse fazer com que não fosse e estar ao seu lado era o que mais queria.

—Se algo te preocupa, assim como o seu pai me preocupa, eu te protejo.

—Jura?

—Eu juro com todo o meu coração.

—Então eu aceito.

Jungkook saltou para cima de mim e encheu meu rosto de beijos. Era impossível não rir com a sua animação, mas ainda, era impossível segurar a felicidade que estava sentindo dentro do meu peito.

—Você está tomando algum remédio? —Ele perguntou de repente.

—Não, que pergunta é... — Dando de ombros ele riu.

—Vamos nos casar mesmo.

Ele rasgou a abertura do vestido até que eu estivesse totalmente livre dele e encarou meu corpo por muitos minutos antes de me levar à loucura.

Lentamente o meu coração começava a se recuperar, de verdade.

Fim.