💔Capítulo 1: Realidade💖

87 12 10
                                    

Ayla

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ayla

Quando somos crianças tudo parece mágico e até mesmo acreditamos no "felizes para sempre", mas quando crescemos passamos a entender que nada é como imaginávamos e começamos a enxergar a verdadeira realidade, que pode ser resumida em uma única palavra: péssima. Eu não queria viver na realidade porque às vezes ela pode ser cruel demais, e só pude comprovar isso no momento em que cresci e minha vida começou a desmoronar sobre minha cabeça. Se eu ainda fosse uma garotinha de cinco anos que acreditasse em contos de fadas, estaria aqui esperando pelo meu final feliz, no entanto, já desacreditei que isso possa acontecer.

Sou uma adolescente de dezessete anos, quase perto dos dezeitos, que acordou para a vida aos quinze e entendeu que às vezes temos que ter a coragem de carregar fardos grandes e pesados sozinhos porque ninguém em volta pode carregá-lo junto. Existe outra coisa também, o fato de que eu não deixo ninguém se aproximar ou se oferecer para me ajudar visto que no dia em que deixei uma pequena brecha, acreditei em palavras de conforto que não eram sinceras e foi apenas mais um machucado para o meu coração. O que passei há um ano atrás pretendo não permitir que aconteça novamente, pois fui feita de palhaçada, de alguém sem sentimentos, de alguém que merecia sofrer mais do que já estava sofrendo e do que já havia sofrido. Fui feita de idiota. Agora tudo para quê? Para aumentar o ego de pessoas sem sentimentos e sem o mínimo de empatia com o próximo.

Desde da morte da minha avó e do evento traumático que aconteceu em minha vida logo em seguida, me tornei uma garota ferida, amargurada, quebrada e cheia de ódio dentro do meu coração por conta das más decisões e maus caminhos que fiz no último ano, então desde dali, vivo a minha vida simplesmente por viver.

A minha realidade é que, fui tentar ser feliz nesse mundo, mas tudo o que encontrei nele foi a tristeza.

Pisco os olhos saindo do meu modo lembranças do passado ativada e abro-os para minha realidade de agora. Hoje não é um dia como os anteriores, pois estou tendo que me despedir do lugar que chamei de casa por muitos anos e onde tenho muitas memórias de momentos bons e ruins. Está sendo horrível ter que olhar para tudo uma última vez antes de sair pela porta, esquecer tudo aqui dentro e tentar recomeçar. Estou indo com a minha família para o Rio de Janeiro visto que os meus pais conseguiram uma promoção no trabalho deles, tendo então que mudarem de cidade. Eles são criadores de jogos e trabalham em uma empresa super grande e bastante conhecida. Os jogos são bem famosos aqui no Brasil e lá fora também, pois eles já foram traduzidos para outros idiomas.

--- Ayla, filha, nós já vamos. Ainda temos algumas horas de viagem pela frente, você precisa se apressar. --- Minha mãe, Jeniffer Carter, aparece na porta. --- Por favor, meu anjo, vamos. --- Suspiro derrotada, olhando mais uma vez para o meu quarto vazio. É, chegou a hora. Pego minha mochila que foi a única coisa que ficou, já que todas as outras estão no carro e acompanho minha mãe até o andar de baixo. Saímos, nos certificarmos que tudo estava fechado e fomos em direção ao carro, onde meu pai e irmão estavam esperando.

LIBERTA-ME Um Novo CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora