Capítulo 34

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Assim que abriu a porta da sua casa, Marília avistou Gabriel parado ali, com um sorriso. Ela sorriu de volta, encostando o braço na porta.

—Ora, ora. Veja quem apareceu por aqui.

—Pois é. — Ele deu de ombros, sorrindo — Você disse que somos alma gêmeas. Que vamos terminar juntos. Até mesmo a vidente falou isso. O esoterismo não mente. É com você que eu devo ficar.

Ela cruzou os braços.

—E você chegou nessa conclusão com base no quê? Sim, porque, pelo que eu me lembre, você me deu um fora. Você me disse que jamais ficaria comigo.

—Eu cheguei à conclusão que eu gosto mais de você. Cheguei à conclusão de que você é quem domina meus pensamentos, você é quem vai formar uma vida, uma família comigo. Você é a minha destinada, não o Lucas.

Marília sorriu, balançando a cabeça.

—Isso é só um plano seu e do Lucas, não tô certa? É um plano, tem cara de plano. Você tá aqui, me falando que é comigo que quer ficar, quando na verdade...

E, antes que ela pudesse concluir a frase, Gabriel a beijou. Ele a abraçou, enquanto ela arranhava sua nuca. Eles se beijaram intensamente, tão intensamente que eles quase caíram. Eles entraram na casa se beijando, e ela fechou a porta enquanto ainda estavam grudados.

—Sua mãe não tá em casa não? — Ele beijou-a novamente.

—Não. Estamos livres. — Ela o beijou, girando a chave da porta, enquanto ele apertava sua bunda com vontade.

Eles foram se beijando para o quarto, derrubando as coisas enquanto passavam. Ele passou a mão pelo cabelo dela, enquanto chupava seu pescoço, e o fôlego dela falhou. Ela enfiou a mão debaixo da camisa dele, arranhando seu peitoral. Ele a jogou na cama, arrancando a camisa logo em seguida.

—Trouxe camisinha? Eu não tenho nenhuma aqui. — Ela disse.

—Claro que eu trouxe. Eu vim todo preparado. — Ele foi pra cima dela, a beijando intensamente, enfiando a mão em sua calcinha.

Ela tirou a camisa, e ele a ajudou a desabotoar o sutiã. Assim que tirou, ele caiu de boca nos seios dela, que gemeu baixinho, agarrando seu cabelo. Depois de um tempo, ela abaixou a calça, enquanto ele fazia o mesmo.

—Deixa que eu dou uma forcinha. — Ela disse, sentando na ponta da cama enquanto ele estava de pé, agarrando seu membro, sorrindo de forma maliciosa pra ele.

—Certo. — Ele mordeu o lábio inferior, parecendo incerto sobre o que faria em seguida.

Ela caiu de boca nele, que fechou os olhos, imaginando Lucas fazendo isso nele. Ele tentou tirar Lucas da sua mente, mas a imagem dele era muito nítida. Ele tentou relaxar, agarrando o cabelo de Marília enquanto ela fazia um boquete nele. Ele rapidamente ficou duro.

—Por que não me chupa agora também? — Ela pediu, deitando novamente na cama, enquanto abria as pernas.

—Certo. — Ele franziu os lábios, pensando novamente em Lucas. Ele caiu de boca nela.

Ela fechou os olhos, agarrando seu cabelo. Tudo parecia perfeito demais, até o momento em que ela ouviu uma fungada. Ela achou estranho, mas decidiu continuar. Mas depois, ela ouviu sons de choro. Ela olhou para Gabriel, e percebeu que ele estava chorando. Ela franziu o cenho.

—Espera, espera, o quê que tá acontecendo? — Ela perguntou, se afastando dele.

—O quê? Nada. — Ele secou as lágrimas, forçando um sorriso — Eu tô com muito tesão. Me dá a bocetinha aqui, vai...

—Você tá chorando. — Ela observou, franzindo o cenho — O que aconteceu? Alguém morreu?

—Não, não. Isso é besteira, deixa pra lá. — Ele fungou, enquanto não conseguia segurar o choro — Tá tudo bem.  Eu tô ótimo.

—Gabriel, você tá arrasado. O quê que aconteceu? — Ela se cobriu, olhando para ele, tocando em seu rosto — Fala comigo.

Ele fungou, olhando pra cima.

—Quer que eu te coma ou não, porra?

—Pra quê falar comigo desse jeito? — Ela estranhou, balançando a cabeça — O que houve? Por que você tá assim?

—Por que mais seria? — Ele a encarou, secando as lágrimas — Por causa daquele idiota do Lucas, é claro. Por culpa do que ele fez.

—O que ele fez?

—Ele me traiu, Marília. A previsão estava certa. Houve traição no nosso relacionamento. E como a previsão diz que devemos ficar juntos, eu vim pra cá...porque você me ama, então eu vou aprender a te amar também...

—Pera, então você só tá aqui por causa do Lucas? — Ela ficou super ofendida — Você só veio até aqui pra dar o troco nele? Pra machucar ele de volta? É isso que eu sou pra você, uma ferramenta pra machucar ele?

—Escuta, eu...

—Não, me escuta você! Eu sou uma garota com sentimentos, e você não tem o direito de vir até aqui e brincar comigo dessa forma! — Lágrimas apareceram nos olhos dela — Você não tem esse direito. Não tem.

Gabriel revirou os olhos, bufando.

—Ah, me poupe! Você vem se jogando pra cima de mim desde que eu comecei a namorar o Lucas, vem tentando me roubar dele, vem se atirando pra cima de mim...não era isso o que você queria? Que eu ficasse com você? E é aqui que eu estou! É com você que eu quero ficar. Dá pra gente ignorar tudo isso e só partir pro sexo?

Ela fungou, se enrolando no lençol, se levantando da cama.

—Saia. — Ela pediu, com a voz chorosa.

—O quê?

—EU DISSE PRA SAIR! SAI DA MINHA CASA, AGORA! — Ela berrou, apontando pra porta do quarto.

—Mas...mas não é a mim que você quer? — Ele perguntou, confuso — Você é maluca, menina! Uma hora quer uma coisa, outra hora outra! Você não veio tentando nos separar? Conseguiu! Agora eu sou todo seu!

—Eu queria que você se apaixonasse por mim de forma natural, não que viesse transar comigo pra dar um troco nele. — Ela enxugou as lágrimas — VÁ EMBORA AGORA!

Ele apanhou suas roupas, as vestindo depressa. Ela sentou na cama, chorando, e ele a encarou como se ela fosse louca.

—Sua desequilibrada. É isso o que você é, uma desequilibrada! Por isso não consegue ninguém! — Ele terminou de se vestir, a encarando — Sua maluca!

—Saia. — Ela pediu com a voz fraca, sem conseguir encará-lo.

Ele suspirou, indo até a porta dela, enquanto abria a porta e saia pra fora. Ela se apressou em ir até a porta e trancar, enquanto voltou a chorar. Ele desceu as escadas rapidamente, lágrimas brotando em seus olhos.

Tudo havia dado errado. Tanto o seu relacionamento com Lucas, tanto as coisas com Marília. Ele não sabia o que fazer. Por isso, ele parou no final da escada e desatou a chorar, enquanto Marília chorava no apartamento.

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Notas: De uma forma ou de outra, houve traição mesmo. Ele machucou duas pessoas ao mesmo tempo, e agora ele terá que se virar ao avesso pra resolver essa situação. E isso vocês só vão conseguir ver nos próximos capítulos. Não esqueçam de comentar aqui o que acharam do capítulo e de votar também.

O céu é um lugar da terra (Livro 1) - João Marcelo SantosOnde histórias criam vida. Descubra agora