"Mudanças, exigem posicionamento, o tempo com certeza se encarregará do resto, a vida promoverá novas oportunidades, seguirá seu fluxo, reaprenderemos sorrir, voltaremos a sonhar, enxergaremos novos caminhos, o futuro tornar-se-á desejável outra vez. Tudo recomeça... A frequência do coração acelera anunciando novo amor, a fé renasce, o olhar volta a brilhar, a alma reanima em ritmo de festa, almejando dançar, pular e cantar! Então você reconhece que o tempo é mesmo o melhor aliado, leva consigo dor e desamor, traz vida em forma de melodia carregada de alegria, substitui desilusões por fortes emoções, enche todos os vazios com paz e esperança, espalha suavidade no ar, faz brotar uma vontade enorme de viver e viver sem reservas" - Gil Camargos
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Quatros semanas havia se passado desde que Mariana deixou a mansão. A casa não era mais a mesma e Ana novamente voltou a se trancar, a ficar presa dentro de sua própria bolha. As últimas palavras de Mariana não saiam de sua cabeça, ecoavam como um mantra como se fosse uma punição pelo seu ato impensado.
Expulsar a única pessoa que soube trazer uma nova perspectiva de vida foi extremamente doloroso, ainda doía muito.
No instante em que deferiu aquelas duras palavras para a mais jovem, Servín sentiu todo seu chão desabafar e se arrependeu no exato momento, mas não tinha como voltar atrás. A dor foi imensa e fez com que a mesma se trancasse no quarto por três longos dias deixando a todos preocupados, mas sabiam que ela precisava de um tempo para processar tudo que a via acontecido. Nos dias seguintes fez tudo robotizado, tentava demonstrar a sua família que estava bem, voltou a sua rotina e tentava seguir em frente. Mas nada estava sendo como o planejado, a ausência de Mariana e Regina era sentida a todo instante. Ceci tentou de todas as formas descobrir o que de fato a via acontecido naquele dia para fazer com que Mariana resolvesse sair de casa, mas a executiva, sempre desconversava.- São coisas de adultos, Ceci - Volta seu olhar para o computador a sua frente.
- Mas mãe - Insiste.
- Sem mais, um dia quem sabe - Levanta o olhar - Você vai entender! Agora vai fazer sua lição, tenho que terminar isso aqui - Gesticula.
Cecília suspira frustrada e sai pisando duro, estava odiando toda aquela situação e torcia para que a mãe se resolvesse o quanto antes com Mariana, sentia falta dela e da irmã.
Ana deixa o computador um pouco de lado assim que volta a ficar sozinha, suspira cansada passando a mão pelo
rosto, todo dia era a mesma coisa e já não sabia como contornar toda a situação.- Como eu sinto sua falta - Sussurra pra si mesmo.
Seus sentimentos por Mariana ainda estavam muito confusos, não sabia o que de fato sentia pela jovem e isso a frustrava.
- Senhora Ana - A voz de Altagracia a faz voltar a realidade.
- Sim - Se volta para mulher.
- A senhora me permite me intrometer um pouco e lhe dar um pequeno conselho? - Pergunta um pouco receosa - Te conheço a muito tempo e sei que está precisando escutar algumas palavras.
A executiva pareceu ponderar um pouco, mas resolveu aceitar.
- Do que se trata?
- É sobre a senhorita Mariana!
Ana engole em seco e desvia o olhar da senhora, não queria demonstrar o quanto ficava mexida ao escutar o nome da mãe de suas filhas.
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Regrésame - MarAna
Hayran Kurgu"Eu quero e eu preciso de você! - Enfatiza - Regrésame a mi, Mariana!" Ana sentia o peso das suas palavras e agora tinha que lidar com as consequências que esse ato impensado trouxe para sua vida.