Cecília e Leonardo foram bons amigos por muitos anos, porém ao se verem envolvidos em lados opostos de uma tragédia, acabam se afastando completamente, depois que uma sucessão de acontecimentos e escolhas erradas, dão fim à vida da irmã do rapaz.
No...
Atenção: a aldeia citada nesse capítulo não existe, apenas o grande hotel.
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Enquanto Leonardo e os amigos viajavam para Bali, Cecília perambulava pela cidade, depois de se hospedar em um hotel bem barato.
Havia sido um custo passar pela imigração. Teve que passar por uma revista minuciosa para ver se não portava drogas e havia sido questionada sobre o que fazia no país.
Cecília mentiu, dizendo que encontraria o marido. Naquele momento estava desesperada, sabendo que o dinheiro acabaria e que estava em um país muito distante e diferente do Brasil.
O clima era quente e ela se sentia zonza. A maior parte do que a deixava bamba era o estresse. Se sentia entorpecida pela tristeza, mas acreditava que estava cada vez mais próxima de se tornar quem fora antes daquela viagem.
Estava erguendo de volta as muralha em volta de seus sentimentos e se tornando novamente dura e fria.
Cecília sabia que tinha que arrumar um emprego para sustentar a filha, mas não sabia como faria isso, tendo que cuidar da menina.
Estava prestes a chorar de angústia e medo, pois não queria ver Olívia morrer à míngua em um país desconhecido, quando ouviu uma mulher conversar em inglês.
Ali era difícil achar pessoas nativas que falavam outros idiomas.
Cecília correu para falar com a mulher, que era magra e morena. Tinha uma aparência típica daquela região da Ásia.
— Olá! — Cecília a cumprimentou em inglês. — Preciso muito trabalhar para sustentar a minha filha, a senhora saberia de algum lugar que esteja precisando de mão de obra?
A mulher sorriu e assentiu com a cabeça.
— Sim, o hotel da praia de Nusa Dua está contratando e é difícil encontrar pessoas que falem inglês, para se comunicar com os turistas — a moça falou. — Porém, você vai precisar contratar uma menina da aldeia para cuidar da sua bebê. Elas cobram bem barato, pois precisam trabalhar para ajudar as famílias, que são pobres.
Cecília sabia que era arriscado demais confiar em uma desconhecida, mas não tinha escolha. Não podia voltar para o Brasil, pois sabia que Renan a perseguiria.
— Essas garotas são confiáveis? — perguntou Cecília, que abraçou Olívia mais forte.
— Muito! — a mulher a tranquilizou e lhe dedicou um sorriso. — Uma delas cuida dos meus filhos.
Cecília combinou de ir com a moça no povoado perto de Nusa Dua Beach, para ela conhecer uma menina qualificada para ficar com Olívia e dali, iriam tentar a sorte no luxuoso hotel.
Ao chegarem na localidade, Cecília viu que era um lugar muito caloroso, com pessoas muito receptivas e se sentiu um pouco mais animada.
Conheceu uma menina nativa e a observou, enquanto ela cuidava de Olívia. Se sentiu menos preocupada ao ver como a garota era cuidadosa e sabia lidar com bebês.
