Capítulo 11

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Diogo havia sido o primeiro a acordar e levou um susto ao encontrar o amigo dormindo, debruçado em uma mesa do salão

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Diogo havia sido o primeiro a acordar e levou um susto ao encontrar o amigo dormindo, debruçado em uma mesa do salão.

Acordou Leonardo com cuidado e falou que era para ele se deitar um pouco na cabine. O rapaz despertou e agradeceu, dizendo que estava bem o suficiente.

No entanto, o seu semblante cansado dizia outra coisa.

Diogo conhecia bastante o amigo para saber que algo o incomodava. E logo pensou que talvez ele e Cecília tivessem brigado.

Mas não ia se meter naquela conversa, ou então Leonardo poderia acabar muito estressado.

Logo os dois rapazes se puserem a preparar o café e quando as outras pessoas se levantaram, tudo estava pronto e posto no salão do barco.

Leonardo ficou mudo no exato instante em que Cecília entrou no recinto. A menina nem se atreveu a olhar para o rapaz, pois havia sentido vergonha ao perceber que ele não havia voltado para a cabine. No entanto, estava decidida a não envolver ninguém naquela confusão que era só dela.

Depois do café, Isla anunciou que iriam utilizar o ofurô aquecido que havia no barco.

— Eu vou dormir um pouco, pois não dormi muito bem — disse Leonardo, que logo se retirou para a cabine que dividia com Cecília.

A moça acompanhou ele com o olhar, mas nada disse.

Samuel que não era burro e conhecia ambos muito bem, percebeu que um clima azedo pairava no ar.

— Hoje estou sentindo uma animosidade maior entre vocês dois... — Samuel cochichou com a prima.

— Está tudo bem — ela respondeu, mas sua vontade de chorar era grande naquele momento.

Porém, como havia feito nos últimos anos, apenas engoliu o caroço em sua garganta e se concentrou em fingir que estava tudo nos conformes.

— Eu preciso que me diga se estiver se sentindo muito incomodada em dormir com ele — pediu Samuel. — A Isla é uma boa pessoa e se isso estiver te fazendo muito mal, eu peço ela para dormir com você.

Cecília sentiu um abismo se abrir sob os seus pés ao pensar em ter que dividir o quarto com uma pessoa com a qual não tinha nenhuma intimidade. Era muito pior do que ficar ao lado de Leonardo, que ela conhecia desde sempre e apenas haviam se distanciado.

— Está tudo bem — ela disse, sem demonstrar nenhuma emoção.

Samuel deu um beijo na testa de Cecília.

— Qualquer coisa é só me falar — ele pediu com sinceridade. — Agora vamos aproveitar o ofurô. Apesar de frio, o dia está lindo!

Cecília não queria, mas sentiu um pouco de inveja da aura positiva e de alegria que emanava de Samuel. Ela sabia que ele, Diogo e as gêmeas estavam assim mais por causa do amor, do que pela viagem em si. A moça percebeu que nunca havia vivido nada daquilo e de repente se sentiu muito triste, ao pensar que diante das circunstâncias em que se encontrava, talvez nunca vivesse.

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