#EfeitoJagi
Eu estava ficando louca. Completamente maluca. Era a única explicação que me parecia razoável o suficiente para tudo o que estava acontecendo.
Tinha feito uma entrevista para a qual não estava nem um pouco preparada, e, aparentemente, tinha algum tipo estranho e desconhecido de potencial que havia despertado o interesse de Bang Si-Hyuk PD-nim e dos sete garotos desconhecidos do Bangtan Sonyeondan, com quem estava dividindo um dormitório, e para quem, naquele momento, eu trabalhava.
E, por algum motivo cósmico ou graças à alguma espécie de luz divina que poderia estar pairando sobre a minha mente, eu não estava surtando — ainda — com o fato de que eles eram famosos nem nada do tipo, já que não havia me atrevido a fazer qualquer tipo de pesquisa que pudesse fazer a realidade do que estava ao meu redor me assustar, o que não era muito favorável, já que assim ficava muito difícil saber sequer o nome de cada um deles.
— É isso que chamam de ser virado de cabeça para baixo — murmurei para mim mesma, passando a cabeça pela gola da minha camiseta, terminando de me vestir.
Já faziam alguns dias que eu estava morando com os garotos, mas mal os havia visto. Tinha passado a maior parte do tempo em uma espécie de treinamento com alguns managers, assistentes e outros staffs, que me ensinaram muitas coisas sobre a história e o desenvolvimento do BTS, condutas a seguir, relatórios que teria que fazer durante o período de teste, além de me alertarem sobre todo o tipo de coisa em que deveria prestar atenção.
Eram muitas coisas para processar e eu me sentia como um staff trainee, mas estava trabalhando minha cabeça para enxergar tudo como pequenas pérolas que eu acreditava que me eram dadas, e fazia o melhor para guardá-las com toda atenção e cuidado, mas, aparentemente, estava falhando miseravelmente, pensei, bufando ao pentear os cabelos e prendê-los em um pequeno coque na nuca, já que continuava me confundindo com os nomes de todos eles. Muitos meninos com nomes começando com J, dois nomes em inglês que eu ainda não entendia muito bem de onde vinham, um de uma letra só, e um menino que me parecia muito azedo ao se direcionar à mim, chamado açúcar. Tentar aprender aquilo lendo os documentos que me entregaram não foi a melhor das minhas ideias.
Saí do quarto, indo em direção à sala compartilhada, onde os meninos estavam ocupados em seus notebooks e celulares, com os olhos presos nas pequenas telinhas brilhantes e os ouvidos preenchidos por fones, e aproveitei do silêncio e do foco do ambiente passando despercebida ao caminhar por trás do sofá, colocando um pequeno post-it colorido atrás da cabeça de cada um, sem que percebessem.
— Moon Minah, quero café — disse soturnamente o de cabelos escuros e pele pálida, sem desviar os olhos de seu computador.
Estreitei os olhos para ele, tentando não ler o pequeno papel ao encarar sua nuca de onde estava, perto da mesa de jantar.
— Claro, Suga.
Minah: 01
Papelzinho: 0
Difícil esquecer seu nome, pensei.
— Pode trazer um para mim também? — Um deles sorriu na minha direção, um sorriso brilhante, alegre e contagiante, cheio de dentes.
— Claro... — Não olha o papel, não olha o papel. Droga. — J-Hope.
Ele sorriu mais ainda em agradecimento, e eu tentei sorrir de volta, mas não devo ter feito muito mais que abrir um sorriso amarelo e constrangido, sentindo o gosto amargo e incômodo do fracasso formar um nó em meu estômago.
Minah: 01
Papelzinho: 01
Tinha total consciência de estar fazendo um joguinho mental comigo mesma, o que provavelmente não era saudável, mas queria e precisava muito manter aquele emprego, ainda mais depois de perceber o quanto o Mr. Bighit, mais alguns staffs e talvez até alguns dos próprios membros do Bangtan não esperavam de mim.
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Butterfly // BTS (EDIÇÃO REVISADA)
Fanfiction[REPOSTANDO] Moon Minah está perdida. Depois de perder uma das pessoas mais importantes de sua vida, seu mundo é completamente abalado, mas não pode se deixar cair por muito tempo: ela precisa seguir com a vida, de alguma forma, e precisa muito de u...