Butterfly // BTS (EDIÇÃO REVISADA)

13. Even If I Die It's You

#EfeitoJagi

Suga

— Namjoon-ah — chamei, batendo na porta de seu estúdio.

— Entra — respondeu.

Empurrei a porta depois de ouvir o som da fechadura se abrindo, e encontrei Namjoon sentado na frente do computador, trabalhando nos últimos retoques de algumas faixas do novo álbum, como vinha sendo bem comum nos últimos tempos. Tínhamos algumas semanas para terminarmos ajustes nas letras e mixagens finais, para encaminhar tudo para a equipe de produção do álbum e tudo mais, então não podíamos nos dar o luxo de parar de trabalhar.

— Lê. — Coloquei a folha cheia de rabiscos, com o rascunho de uma letra que tinha acabado de bolar, em poucos minutos, enquanto fazia alguns testes de figurino. Namjoon só fez que sim, e continuou concentrado no computador, sem dar muita atenção. — LEIA AGORA, PABO-YAH.

Eu não costumava gritar daquele jeito, então foi válido e compreensível que Namjoon tivesse se assustado, pegando a folha com as pontas dos desdos e me encarando com os olhos arregalados temerosos.

Suga: 01

Namjoon: 0

Passou os olhos rapidamente pelas palavras, levantando a cabeça logo em seguida, me encarando com as sobrancelhas erguidas em surpresa enquanto piscava repetidamente.

— Isso tá muito bom — murmurou.

— Lógico. Fui eu que escrevi — retruquei, dando de ombros e cruzando os braços. — Acha que conseguimos usar no álbum?

Ele fez que sim e baixou os olhos para a folha outra vez, notando os rabiscos e rasuras nas laterais, provavelmente pensando em formas de melhorar a letra, colocando seu QI altíssimo em ação.

— De onde você tirou isso? — perguntou, curioso. Ele sabia que muitas das minhas letras tinham inspirações das nossas experiências e das minhas reflexões sobre elas, e aquela parecia diferente de muito do que eu havia escrito até então.

— Se lembra da noite do karaokê? — Namjoon assentiu. — Moon Minah apertando a barriga, essas coisas? — Ele assentiu outra vez, parecendo confuso de repente, me obrigando a esclarecer o resto da história. — Foi daí que saiu. Algumas staffs estavam fazendo comentários maldosos sobre ela. Notei o quanto ficou chateada. É foi isso aí. Saiu.

Namjoon abriu um sorrisinho descarado, e eu tive vontade de socá-lo, como acontecia na maioria das vezes em que me deixava levar e lhe contava alguma coisa importante que parecia diverti-lo.

— Você gosta dela. — O descarado sorriu mais ainda ao dizer aquilo, como se o som daquelas palavras lhe trouxesse verdadeira satisfação.

— Não desgosto dela — corrigi. — Mas não como você está pensando. Eca.

Estremeci sentindo meu corpo se arrepiar por inteiro só de pensar em estar interessado em alguém que não fosse...

Hyung...

— Mais uma coisa — falei, e Namjoon se virou para mim depois de ter colocado o papel entre algumas páginas de seu caderno aberto, contendo todas as letras e anotações do novo álbum. — Não quero os créditos por essa música. Pode colocar seu nome na produção e composição, mas não o meu.

Meu querido colega franziu o cenho, me encarando com confusão estampada no rosto.

— Por que não?

— Moon Minah não precisa saber que fui eu que fiz isso — respondi simplesmente, lembrando do sorriso alegre e brilhante da staff quando chegou atrás de Taehyung para jantar conosco na noite do karaokê, e tentei evitar que um parecido se abrisse em meu rosto. — Para todos os efeitos, foi todo o Bangtan quem fez isso.