25. Butterfly (pt. 1)

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#EfeitoJagi

Minah

Pisquei várias vezes, apenas para ter certeza de que não estava enlouquecendo, ou que o cheiro de tinta não estava afetando meu cérebro.

— Moon Minah — Sejin sorriu, e seus olhos brilharam com lágrimas contidas.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei, parando ao lado de Chung-hee, finalmente lembrando de me aproximar. Parte de mim ainda não sabia bem se Sejin era mesmo real. — Como você me achou aqui?

Ele balançou a cabeça, parecendo aliviado e tirou os óculos, enxugando os olhos emocionados. Sejin estava mesmo chorando?

— Achei um cartão com o endereço daqui no seu quarto. — Ele soava tão emocionado por me ver que fiquei ainda mais confusa. Não se parecia muito com o manager que eu conhecia. — Moon Minah, me perdoe.

Arregalei os olhos quando Sejin se ajoelhou na minha frente, baixando a cabeça em rendição. Chung-hee ergueu uma sobrancelha curiosa para mim, arregalando os olhos.

— Sejin-ssi — falei baixinho, batendo em seu ombro para chamar sua atenção. Os ajusshis olharam irritados e muito curiosos em nossa direção. — Vamos sair daqui, huh? Aí você pode me explicar o que está acontecendo. Por favor, se levante. Agora.

Sejin assentiu, se levantando meio desajeitado e fazendo reverências de 90 graus perfeitos para os ajusshis enquanto pedia desculpas. Guiei-o até a cozinha nos fundos da loja, olhando por cima do ombro para Chung-hee, que só acenou com a cabeça, como se dissesse que eu deveria fazer o que tivesse que fazer, voltando para seu lugar atrás do balcão.

— O que está acontecendo? — perguntei, cruzando os braços e empinando o queixo para olhar para Sejin, depois de fechar as portas da cozinha atrás de nós, encarando o rosto emocionado nas alturas à minha frente. — E por que você está pedindo perdão?

Ele engoliu em seco e colocou a sacola que trazia nas mãos em cima da mesa manchada de Chung-hee.

— Preciso pedir desculpas por não ter acreditado em você quando deveria — falou, trocando o peso do corpo de um pé para outro, apertando as mãos juntas em frente ao corpo. — Mesmo que não tenha acreditado completamente na história de Jeongdae, não defendi você como deveria ter feito. Me perdoe por isso.

Puxei o xale ao meu redor, piscando repetidamente, pensando no que dizer a seguir, qualquer coisa que não deixasse Sejin se sentindo mais culpado do que parecia estar se sentindo.

— Bom, não vou dizer que não fiquei chateada porque acho que você já sabe disso, mas não foi culpa sua — murmurei finalmente. — Você achou as provas em suas mãos. — Ao ver sua expressão, acrescentei: — Mas é claro que está perdoado.

Ele balançou a cabeça, provavelmente frustrado consigo mesmo. Segui na direção da chaleira de água quente sobre o fogão e enchi duas canecas, depois coloquei dois saquinhos de chá dentro, junto com um pouco de mel.

— Sente-se — falei, colocando as canecas sobre a mesa. — E venha tomar chá. Está congelando lá fora, e você saiu sem casaco. Precisa se esquentar

Meu ex-colega assentiu e seguiu até a mesa, sentando à minha frente, meio encolhido em uma das pequenas cadeiras coloridas descombinadas. Tomei um gole do meu chá de erva cidreira, observando enquanto Sejin aquecia as mãos enormes ao redor da caneca.

— O que você está fazendo aqui, Sejin-ssi? — perguntei suavemente.

— Além de estar sendo um péssimo manager e deixando meu emprego na mão? — Ele riu de si mesmo, e só então me dei conta de que ele deveria estar trabalhando naquele momento. — Fazendo o que é certo. — Fez uma pausa. — Jeongdae armou contra você quase perfeitamente.

Butterfly // BTS (EDIÇÃO REVISADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora