¹⁶; a nora exemplar

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Enquanto eu me encontrava entre o sono e a consciência, entre acordar e a preguiça gostosa do repouso, me mexi na cama quente, deitada de bruços, sentido um carinho lento e caloroso por minhas costas, descendo pela coluna, passando pela carne da minha bunda.
Meio as sensações que o toque da palma me acarinhando fazia-me sentir, escutei um curto som de choramingo canino. Pelos macios dançaram nos meus pés, fora quando percebi que não tinha nenhuma cobertura sobre meu corpo. Patinhas fofas subiram por minhas pernas, assim me acordando de vez.
Rolei espreguiçando, acertando meu traseiro na cara de alguém e me erguendo nos cotovelos avistei a cabeça de Taehyung.
- 'Tá fazendo o quê? - indaguei rouca.
Seus cabelos estavam bagunçados, ele vestia uma camiseta preta e me olhava com os olhos sorridentes. Yeontan entrou no meu campo de visão quando foi para cima de Tae com o rabinho abanando.
- Oi, pequenino. Tudo bem? - afaguei a pelagem afundando minha mão. Ele me cheirou e lambeu meus dedos, animado.
- A gente só veio te espiar dormir. Dormiu bem?
- Uhum - respondi virando o corpo de frente para o dele.
- Posso perceber - riu baixinho.
- O que foi?
- É quase hora do almoço, Eva - respondeu. Arregalei os olhos - Perdeu o café da manhã e a oportunidade de se despedir dos meus irmãos e conhecer minha tia.
- Não brinca! Caramba... Acho que nunca dormi tão gostoso na vida. Você sabe que eu não costumo dormir até tarde. E por que não me acordou?
- Pensei nisso, mas minha mãe não deixou. Quando voltei para ver se tinha acordado sozinha, te encontrei com um biquinho, roncando e não pude interromper.
- Ei! Eu não ronco.
- Eu não minto, Eva - balançou as sobrancelhas. Lhe dei uma careta revirando os olhos.
- Sua mãe não ficou chateada? Deve ter me achado uma folgada. Podia ter me acordado, Tae.
- Sem problemas, minha mãe não achou nada. Mas ela quer que almoce. Está com fome?
Calmamente me sentei na cama, peguei o cachorrinho no colo encarando o rosto miúdo. Recebi uma lambida na ponta do nariz enquanto ele balançava as patinhas e o rabo.
- Que garoto grandão. Se divertiu bastante, Hm? - brinquei e voltei para Tae - Estou sim. Mas posso esperar.
- De qualquer forma, não vai demorar.
- 'Tá bom. Uh, eu vou me arrumar - desci Yeontan - Ele fica cada dia mais fofo.
- E eu? - me encarou.
- Talvez - fingi desinteresse, já saindo da cama. Assim que meu pé tocou o chão, Taehyung acertou um tapa no meu traseiro, fazendo-me rir e correr de calcinha para o banheiro.
- Ah, eu esqueci minha nécessaire. Pega para mim, por favor? - abri a torneira jogando água fria no rosto.
- Aqui está - abri os olhos encontrando a bolsa pequena e Taehyung perto da pia.
- Obrigada.
Escovei os dentes, passei desodorante e alguns cremes na face, tudo sendo observado. Meus cabelos precisavam de uma revitalizada, então peguei os produtos iniciando o processo.
- Nunca te vi arrumar os cabelos. É interessante - ele comentou.
- Ah, é? Por quê?
- É bonito de ver. Parece que tem um carinho especial com ele.
- Sua percepção é sempre certeira - dei um meio sorriso - O carinho existe sim, mas nem sempre foi desse jeito. Já odiei meu cabelo por um longo tempo e quando aprendi o quanto ele significa, foi um baque que mudou tudo.
- Incrível. Eu gosto quando usa ele solto, mesmo gostando também do seu coque usual.
- Quem sabe eu não possa te agradar mais? Acho que merece - o olhei tendo uma ideia - Uh, vamos testar uma coisa?
- O quê?
Olhando ao redor, avistei um banquinho solitário e peguei-o.
- Sente-se aqui - pedi - De costas para o espelho.
Mesmo com o semblante confuso, ele se sentou. Coloquei-me atrás dele, mexendo nos fios.
- Vai fazer o que?
- Testar uma coisa - alcancei um dos produtos, começando o que queria fazer. Tirei uns bons vinte minutos preparando. Dei uma olhada na carinha ansiosa dele - Para de olhar minha calcinha.
- É só para onde consigo olhar.
Eu ri. Depois de mais alguns movimentos, foi feito.
- Terminei! Agora você pode olhar.
Tae prontamente levantou-se encarando o espelho. Um sorriso genuíno se espelhou por sua boca, pequenas rugas surgindo no canto dos olhos.
Ele mexeu nas ondas, quase cacheadas, feitas por mim.
- Whoa! Eu gostei muito - me olhou pelo reflexo.
- Parece um leãozinho. Adorável.
Abracei-o por trás e ele se virou dentro do meu abraço, pagando meu rosto entre as mãos, os olhos analisando minha face. Ele me beijou lento, sua respiração contra a minha, calma.
Taehyung pressionou o corpo no meu, afundando a língua na minha, causando-me suspirar ficando na ponta dos pés. Segurei na cintura dele, puxando ainda mais perto. Uma mão esperta desceu pela lateral do meu corpo até o quadril, onde apertou.
A gente não parou.
Tae me empurrou contra a bancada da pia, nossas bocas grudadas e línguas se embolando. Meu corpo entrou em erupção, mas a voz da minha consciência me lembrou aonde estávamos. Só que ele pegou na minha bunda de um jeito tão gostoso, que fez a voz desaparecer.
Eu gemi baixinho erguendo uma perna, essa que ele segurou no alto. Dessa forma, consegui me esfregar nele sentindo bem a ereção crescendo.
- Taehyung! Eva! Venham almoçar - a voz da Sra. Kim, seguido dos latidos de Yeontan, cortaram o início do frenesi. Nos desgrudamos desajeitados e ofegantes. Tocando meus lábios, o encarei como se fôssemos as duas crianças sendo pegas fazendo "arte".
- Já vamos, mãe! - Tae gritou de volta.
Mordi o lábio inferior tentando normalizar a respiração e as batidas aceleradas do meu coração. Balancei a cabeça.
- Eu vou me trocar - avisei.
- Estarei te esperando na cozinha.
Com um sorrisinho de canto, ele me deu outra olhada dos pés à cabeça antes de me deixar.

O Vê Em Vênus | kim taehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora