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- MAS QUE MERDA! - afundei a mão na buzina - SAIAM DA FRENTE SEUS PIRRALHOS! - gritei para fora da janela do carro para um grupo garotos que atravessavam a rua de skate. Jovens que corriam fora da faixa de pedestre, um deles me deu o dedo do meio e eu logo devolvi puta da vida por estar extremamente atrasada para o trabalho. Eu nunca me atrasava, mas como meu supervisor naturalmente ficava no meu pé, meu atraso em plena terça-feira contribuiria para com sua perseguição comigo.
Assim que os pirralhos passaram segui um pouco acima do limite permitido na via, já tendo noção da multa que levaria. Mesmo assim precisava chegar logo. O estacionamento para funcionários estava cheio, detalhe que me deixava ainda mais ansiosa. Na vaga que eu sempre usava estava o carro de Rose e no meu celular, que empurrei para dentro do bolso da minha calça social do uniforme cheio de mensagens dela perguntando do meu paradeiro.
Corri em direção a entrada com a bolsa grudada no corpo, exibindo meu crachá para o segurança grandalhão.
- Bom dia Eva-ssi.
- Bom dia. - me curvei rápido desajeitada, continuando a correr. No corredor bem na porta da sala estava Choi, meu supervisor. Ele tinha cabelos castanhos tingidos e estava na casa dos cinquenta anos, dono de um rosto quadrado e sobrancelhas grossas. Seu terno preto sempre bem engomado com o broche dourado carregando seu nome cima do bolso do paletó.
- Ora, ora...
- Desculpe o atrasado.
- Tem alguma justificativa Eva?
- Meu despertador falhou.
Choi me encarou como se eu tivesse o ofendido.
- Chama isso de justificativa? - indagou no seu sotaque forte de Busan.
- É a verdade, Sr. Choi. Sinto muito.
Trocamos um olhar e ele assentiu de leve. Por cima de seu ombro vi Rose rindo da minha cara com a mão no rosto. Eu quis rir também, mas me contive.
- Certo. Espero que esteja preparada. O museu receberá duas turmas de uma escola para deficientes auditivos, você e Rosalie cuidarão de uma delas. Esteja pronta senhorita Santana.
- Pode deixar. Essa turma vai sair daqui sabendo sobre cada canto do museu.
- Prepare-se.
Com isso ele sai.
- Eu te liguei, Eva!
- Sim, mas eu tava tão cansada que nem sequer escutei o telefone, Rose.
- Outra vez pintando até tarde? - indagou erguendo uma sobrancelha.
- Sim. - dei de ombros - Fiquei muito entretida. Mas agora já aconteceu, não é? Então seguimos em frente. Temos adoráveis crianças para cuidar, mostrar nosso lindo e glorioso museu nacional.
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O Vê Em Vênus | kim taehyung
Romancekim taehyung AMBW fanfiction "se ouve dizer que o amor surge do nada. pode ser do dia para a noite, mas você pode acreditar? para taehyung soava como algo longe da realidade, apesar de soar belo como poesia. mas e quando a vida tenta lhe testar da...