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17/06/1978, Londres bruxa
Ontem depois da conversa com Dumbledore, fui retirar uma quantia em Gringotes para conseguir pagar minha estadia no caldeirão furado e comprar algumas coisas, principalmente roupas e sapatos, precisava renovar meu guarda roupa, já que segundo Karkaroff, os comensais usam praticamente preto. Aproveitei e fui passear na Londres trouxa, para pensar, me acalmar um pouco. Toda vez que o assunto vinha em minha cabeça, o choro ficava entalado em minha garganta, precisava me acostumar com a ideia. Pensei em ir visitar Lily. Na verdade ir na casa de "nossos pais" e ver se ela ainda estava lá. Era perigoso mas eu precisava, precisava conversar com todos, tanto Lily como meus pais de criação. Aparatei perto e fui a pé.
—Um momento! —Uma voz soou de dentro da casa após eu ter tocado a campainha. Minhas mãos estavam suando e tremendo, era minha família, sim, era minha família, mas estava nervosa.
—Alice? —Minha mãe parecia chocada ao me ver. Automaticamente lágrimas caíram dos olhos de nós duas. Eu não sabia o que fazer. Se eu a abraçava, ou eu ia embora, não sabia. Mas ela me abraçou. Tão forte que meu corpo estava sendo esmagado, sentia sua respiração irregular e nervosismo dela. —Eu estava tão preocupada, tão preocupada... —Ela me apertava mais e mais
—Estava com saudades... —Foi a única coisa que me veio na cabeça para dizer —Eu também, muita... entre, estou preparando o jantar. Seu pai já chega. —Escutar aquilo foi como um baque. Ela não sabia ainda, não sabia que eu já sabia de tudo.
—Mãe... —Ela entrou dentro de casa e voltou para a cozinha. Eu fui à acompanhando. —Eu sei de tudo. —Ela travou. Parecia que estava congelada. —Eu não estou brava com você... nunca ficaria, eu só... —Minha voz começou a pesar —Eu só precisava ver vocês de novo —Ela se virou, seus olho estavam inundados, seu olhar era triste.
—Então Dumbledore te contou... —Eu balancei minha cabeça positivamente —Eu não podia te contar Lice... não podia. Sua mãe... ah, sua mãe —Ela deu um suspiro e logo sorriu —Sua mãe era muito querida, muito. Ela morava na casa a frente. Então ficamos amigas... éramos jovens, eu amava muito sua mãe, Lice. Muito. E eu não podia recusar o pedido dela... nunca. Eu criei você como minha filha, eu te amei como minha filha... —Eu a abracei forte, muito forte
