Capitulo 37 - Os Conselhos de Remo Lupin

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Ooooiii, voltei

Depois do SURTO que foi o capitulo anterior, vamos de um capítulo com um pouco de alivio cômico (um pouco de sofrimento tbm, mas so um pouquinho, juro)

Espero que vocês gostem ❤️

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Mary voltou ao salão comunal da grifinória quase duas horas depois, quando os primeiros fracos raios de sol começavam a ensaiar iluminar a madrugada. A única pessoa ainda acordada era Harry, sentado na poltrona perto da lareira, ainda pensando sobre a conversa de Snape e Malfoy.

Harry só desviou a cabeça desses pensamentos quando viu o retrato da Mulher-Gorda girar e sua irmã adentrar o local; Meio abatida, o rosto rosado, o coque desfeito, os cabelos escuros agora caíram sobre os ombros, o colar que ela sempre usava no pescoço agora estava segurado entre os dedos, junto com as sandálias, boa parte da maquiagem tinha saído, o vestido mais abarrotado e desregulado do que quando saíram da festa.

— Onde você esteve? — perguntou Harry com um tom doce e calmo de preocupação, instintivamente levantando da poltrona e indo até Mary — Tudo bem?

— Estava andando — ela respondeu. Não era, factualmente, uma mentira, ela realmente esteve andando por algum tempo, mas essa não foi a única coisa que esteve fazendo.

— Você conseguiu encontrar o Mayback depois da festa? — Harry perguntou meio sem jeito, não estava realmente curioso pela resposta, mas não conseguiu pensar em nada melhor para perguntar.

Mary engoliu em seco e negou com a cabeça. Harry a abraçou, de um jeito que não fazia há tempos. Não havia um motivo aparente para isso, mas, no fundo, Mary queria sim um abraço.

— Tá tudo bizarro agora, não é? — ela comentou, com a voz abafada no aperto do abraço.

— É...

— Eu estou exausta — Mary se separou do abraço, se recostando nas costas do sofá, apoiando as duas mãos no espaldar. — Minha cabeça parece que pode estagnar a qualquer momento.

Harry fez a mesma coisa, e depois falou baixinho, depois de um silêncio figurativo;
— Se você precisar de um lugar pra pensar, use o banheiro dos monitores do quinto andar. Cedrico me falou desse lugar uma vez...

Mary não respondeu, apenas o olhou de canto. Os dois ficaram mais alguns segundos em silêncio, juntos. Encarando o nada. O reflexo perfeito de como estiveram por a maior parte do tempo de suas vidas; juntos.

Devia estar se aproximando da quarta hora da manhã, o céu continuava densamente escuro, mas o sol já começava a aparecer, mesmo que imperceptível pelas grandes nuvens que carregavam as próximas nevascas.

O retrato da Mulher-Gorda girou de novo. Harry e Mary esticaram o pescoço pra ver quem tentava entrar no dormitório da Grifinória a essa hora da madrugada. Pro, agora, pavor de Mary; era Mayback.

Nem ela nem Harry nunca o viram desse jeito; abatido. De uma maneira diferente de Mary, que também chegou abatida; Mary chegou suspirando, Mayback chegou ofegante.

Ele estava usando roupas de festa; um terno (que por acaso tinha restos de neve). Será que ele foi pra festa do Slughorn? Ou tentou ir? Ele estava bem trêmulo, Mary também estava trêmula quando chegou, mas, de novo, de um jeito diferente.

Mayback tinha alguns arranhões e algumas pequenas marcas na parte do pescoço que estava à mostra; Mary também tinha alguns arranhões e outras pequenas marcas quando chegou, mas, isso também era diferente.

O Conto dos Gêmeos Potter - Marianne Lilian PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora