Capitulo 32 - Barganhas e Más Intenções

379 50 92
                                    

Ooooi, tudo bemm?
Desculpem a demora, eu TAMBÉM precisei me recuperar do capítulo anterior KKKKKK

Mas aqui está! Espero que gostem do capítulo de hoje. Beijos ❤️

Boa leitura!

——————————————————————

Mary teve a ingenuidade de achar, mesmo que por um momento, que aquela conversa não terminaria da maneira que terminou. Foi acusada, ofendida e praticamente expulsa dali.

Claro que ela não esperava receber um abraço e um "meus parabéns!" depois de revelar a sua marca negra. Na verdade ela não sabia exatamente o que esperava, mas ficou desapontada e aborrecida com o que recebeu.

Mesmo não tendo passado mais de dez minutos na sala precisa, ela só voltou para o salão comunal da Grifinória à noite.

A comunal estava vazia. Ótimo. Perfeito para caber Mary e sua intragável agonia.

Ela sentou-se no sofá e abraçou o próprio corpo. Os olhos estavam inchados, as bochechas estiveram molhadas com lágrimas que agora já haviam secado.

Ela encarou a lareira com um olhar perdido e lamentoso. Ficou vendo as chamas dançarem descoordenadas, chiando em sua queima. Encarou, e encarou. Esperou que o rosto de Sirius voltasse a aparecer em meio ao fogo, ele pudesse perguntar como fora o primeiro dia de aula, como estava Hogwarts, como estava Mary...

Mas ele não apareceu. Estava morto. Ela sentiu o coração ficar gelado e ardido. Um nó se formou na garganta e ela sentiu que ia chorar. Mas agora ela estava mais decepcionada do que triste.

Ela ficou irritada. Sirius morreu e a deixou com a marca negra no braço. Não cumpriu sua promessa, não resolveu seu problema. E ela se sentia mal de se sentir irritada.

Ela estava sozinha, de várias maneiras diferentes.

Já no seu dormitório, ficou agradecida de todas as outras colegas de quarto estarem dormindo. O quarto estava escuro e só a luz da lua cheia iluminava o parapeito da janela.

Deitada em sua cama, ela acomodou-se no breu da noite. Correu os dedos pelo braço, onde, debaixo das mangas do pijama, estava desenhada a marca-negra, no braço onde uma vez não houvera nada.

Mary passou os últimos meses se enganando, alterando a própria memória na esperança que não precisasse ser atormentada por ela. Ela tentou ligar os pontos na sua cabeça, mais uma vez.

A memória da noite de natal de 1995, no largo Grimmauld, voltou a invadir seus pensamentos; a verdadeira versão dessa memória. Lembrou com detalhes de quando acordou ensanguentada do pesadelo sufocante. E de como Sirius a levou para a dispensa, para limpar o sangue que escorria, misteriosamente, dos seus braços.

Naquele momento, quando o sangue foi limpo, viu-se, pela primeira vez, o esboço do que seria uma marca-negra, em uma cicatriz aberta e esbranquiçada de pus. E por mais que Mary não entendesse o que era aquilo e o que significava, Sirius percebeu na mesma hora do que se tratava. E por isso falou todas aquelas coisas, e mostrou todo aquele apoio, e fez todas aquelas promessas de que tudo ia se resolver.

Mas agora ele estava morto, e Mary sozinha. E o único avanço que ela teve, foi saber que aquilo era algo ruim.

Mary deu um suspiro nervoso, continuou encarando o teto do dormitório até amanhecer, e ela ter que fingir que estava dormindo.

O Conto dos Gêmeos Potter - Marianne Lilian PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora