Capítulo Um.

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Pra quem não conhece, o artista que vai fazer parte da fanfic: Boris Vian na mídia.

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— X —

Capítulo Um.

Harry estacionou o carro, à tempo de ver seu avô gritando com a vizinha.

— Eu vou chamar a polícia! — O velho gritou. — Acha mesmo que eu vou ficar calado? Neville, corra lá para casa!

— O filho é meu e sendo meu, não vai virar um afeminado feito seu neto, Fleamont! — A mulher gritou e estava prestes a bater em Fleamont, quando Harry entrou na frente e segurou a mão dela.

— Não ouse agredir meu avô, sua descontrolada! — Harry a empurrou. — Bater em um senhor de idade é um crime.

— É um crime ver um viado como você influenciar meu filho. Ainda bem que estão se mudando dessa merda de lugar. Vamos, Neville, volte para casa.

— Eu não vou voltar. — O garoto de pouco mais de dezesseis anos a olhou. — Eu vou ficar com o vovô Potter.

— Moleque ingrato! — Ela cuspiu. — Que a fúria de Deus o condene ao inferno se for assim.

— Amor cristão. — O velho zombou. — Deus não escutaria as preces de uma vagabunda feito você.

— Cala a sua boca, seu desgraçado! — Ela ainda gritava. — Neville, está expulso de casa! Não quero lhe ver mais aqui! Não é meu filho mais! Não criarei viados, e nem afeminados. Que Deus me condene, mas não o quero mais aqui!

A mulher deu meia volta e bateu a porta na cara dos três.

Assustado, o garoto correu até os braços de Harry. Apertou o tronco do mais velho e começou a chorar.

Fleamont olhou para o neto. Os olhos verdes em uma tristeza rotineira, de ver um garoto que, por amar outro, sofre com o preconceito e com a intolerância.

A mochila de Neville estava na soleira da porta, Harry notou que o garoto já havia sido alertado pela mãe então.

— Venha, entre em casa. — Harry alisou os cabelos do garoto. — Vamos comer algo.

O garoto fungou e obedeceu. Mas antes de entrar, o velho barrou a entrada do neto com a bengala.

— Me desculpe, mas ela estava batendo nele com um cinto de couro. — Ele começou. — Não pude ficar calado em tamanha violência.

— Eu só fico preocupado que o senhor se meta nessas brigas sozinho. Não tem mais idade para ficar procurando encrenca.

— Ela iria matar ele de tanto bater! Harry, você não pode deixar esse garoto desamparado.

— Eu sei que não posso. — Harry tirou o telefone do bolso. — Darei um jeito.

— Ele me lembra você, naquela noite de chuva. — O velho viu o garoto sentar na bancada da cozinha, olhando o bosque do fundo do jardim. — Poderíamos levar ele para Londres.

— Não vou procurar briga com a mãe dele, mas conheço alguém que pode ajudar. — Harry ligava para alguém. — Ron? Sua mãe ainda acolhe aquelas crianças?

A casa de Fleamont Potter era de madeira lascada e de cor cinza. Um jardim, cuidado por Harry, ficava na frente e, no quintal, uma cadeira de balanço e uma árvore.

Alabama Song | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora