Sugiro que leiam o final do capítulo dezesseis para entender este.
Boa leitura!
— X —
A boca de Harry era macia. Draco aprofundou aquele beijo o máximo que podia.
Em um doce toque, Harry gemeu ao sentir o sabor de Draco. Como um rio doce, aquele beijo tinha gosto de paixão.
De repente, Draco se afastou abruptamente. Harry suspirou, em busca de ar e, enquanto fazia-o, viu os olhos de Draco. Nele, havia confusão e medo.
— Draco...
— Eu... — Draco se levantou. — Olha, me desculpa.
— Draco, por que está pedindo desculpas?
Por sua vez, Draco parecia perdido. Seus olhos tinham um misto de confusão e medo que mal poderiam se entender, o mesmo misto que Harry viu nos seus próprios olhos quando se descobriu gay.
Harry sentiu um pouco de medo.
Por sua vez, Draco sentiu vontade de chorar. Mas não entendia o motivo.
— Harry, eu preciso ir.
— Mas Draco...
— Me desculpe, por favor. — Ele começou a se afastar. — Mas não sei o que está acontecendo.
— Draco, por favor, se acalme...
Mas era tarde. O semblante de Draco havia desaparecido entre as árvores escuras e opulentas.
Nada aconteceu. Durante dias, o contato entre Draco e Harry se tornou frívolo e apenas de poucas palavras.
Abraxas foi um dos primeiros a notar o comportamento alterado do neto. Draco não ficava mais em casa, dobrava o trabalho pelas tardes e chegava tarde em casa. Algumas garrafas de conhaque foram esvaziadas, e uma carteira de cigarro vazia começou a surgir.
Ele conhecia bem esse sentimento.
Por outro lado, Fleamont olhava Harry. Abatido e tristemente abandonado aos próprios sentimentos confusos, Harry estava há dias solitário e falando pouco. Seus alunos notaram isso, seus amigos notaram e principalmente seu avô.
Ele deve amar esse rapaz, Fleamont pensava.
Durante duas longas semanas, foi assim.
Outubro chegou. E, com Outubro, chegava o outono. As ruas de Londres estavam pintadas de laranja, amarelo e marrom, trazendo um contraste da natureza e dos homens, com seus parques e a doçura dos charretes, com seus cavalos, dos casais que passeavam entre os parques e as ruas. O frio se tornava presente, fazendo com que os casacos de outono e as botas tomassem conta da metrópole.
Fleamont chegou da rua, quando escutou The Cranberries tocar baixo no andar de cima. Olhando para a rua de volta, viu a caminhonete de Ron estacionada há poucos metros da casa, juntamente com o carro popular de Dean.
Ele tirou o casaco e as luvas, pegando a bengala e subindo as escadas.
Batendo na porta, ele viu Harry jogado de pijama entre os dois amigos, com um pote de creme de avelã entre as mãos e duas barras de chocolate.
— Achei que só mulheres faziam isso. — Ele entrou no quarto.
Os olhos de Harry estavam inchados de tanto chorar. Ron e Dean estavam ali, deitados ao lado dele, com um pote de Ben&Jerry's sabor café com lascas de chocolate.
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Alabama Song | Drarry
Hayran Kurgu[CONCLUÍDA] Na década de 50, na idade do ouro no cinema e Elvis reinava na terra da música, o jazz ainda tocava nas ruas de Paris, Abraxas Malfoy tomava conhaque no Le Trous, e Fleamont Potter era um aspirante à escritor que amava a vida. O caminho...