Capítulo 13 - Uma missão suicida

47 10 0
                                    

— General, foi detectado outro estrondo fortíssimo de alta magnitude na região da Fossa das Marianas registrando ondas eletromagnéticas como naquela ocasião ocorrida dias atrás — reportou major Burnett a seu superior.

— Me coloque agora mesmo em contato com o contra-almirante Wolf em Guam, ou onde quer que esteja! — ordenou o chefão.

— Consegui contato com o Major Preston, que comanda o Esquadrão Submarino Quinze, alegando perda de comunicação com o almirante, pois estava justamente mergulhando as profundezas da depressão quando verificaram a grande liberação de energia. Ainda não sabem o que aconteceu, muito menos o paradeiro dele. Exigi que, assim que souberem de algo, nos reportem antes de mais nada. O coronel Oliver, quem liderava os fuzileiros navais a bordo do USS Obstinatus, relatou que perseguiram um submarino que vagava em alta velocidade, mas o perderam de vista, pois atingiu uma profundidade que nossa embarcação não fora construída para navegar.

— Nossos homens estão na infantaria, oficial. De frente com um inimigo desconhecido, e não devemos deixar que algo ruim aconteça com esses bravos guerreiros e muito menos com a humanidade em geral. Avise o tenente-general Erik Morgan que partiremos em três horas para as Ilhas do Pacífico — ordenou o general George Nelson. — Peça para que preparem o Blackbird o mais rápido possível, major. Essa aeronave pode atingir até 3.700km/h, sendo assim, chegaremos em Guam o quanto antes.

— Sim, senhor — bradou o major, batendo em retirada do recinto.

— Assim que souberem do contra-almirante Wolf, avisem-no que iremos conversar em Guam ainda hoje.

O general desligou seu celular, pois não parava de tocar. A essa altura, os membros da ONU já estavam a par da situação e lhe cobravam uma posição quanto aos desastres ambientais que estavam acontecendo na região, e não tolerariam tamanha afronta, uma vez que foi acordado não utilizarem de artifícios que pudessem causar alguma catástrofe ambiental. Um míssil direcionado para o local errado poderia ocasionar tsunamis que devastariam ilhas na região, inclusive Guam. Apressou-se para pegar suas coisas em sua gaveta, olhando uma foto de seu neto dando seu primeiro sorriso no colo do avô coruja, já amassada de tantas vezes que o oficial a olhava.

— Eu voltarei, meu garoto — disse aquele senhor tentando acreditar em suas próprias palavras.

———————— # # # ————————

O submarino religou sozinho como se tivesse vida própria e imediatamente suas portas se fecharam para submergir em um mergulho veloz, desaparecendo imediatamente dos olhos do grupo. Não haviam terminado de retirar suas coisas da embarcação, ficando algumas caixas importantes, incluindo os trajes de mergulho que poderiam ser úteis caso precisassem entrar novamente na água. Já não havia rastros da embarcação, deixando dúvidas em suas cabeças até Barbara iniciar um sorriso que fez Frank e Walter entenderem na hora o que se passava na cabeça da garota.

— Ele voltou para onde o encontramos, não foi? — deduziu Frank.

Walter e Barbara concordaram com um gesto afirmativo de cabeça.

— Por isso as anotações de Douglas haviam ficado no submarino, não tendo tempo de pegá-lo antes de ele sumir nas profundas das águas da caverna. Deve haver algum mecanismo automático fazendo com o que o submarino, depois de consumir grande quantidade de energia, volte até sua base na caverna para recarregá-lo. Por isso, quando o encontramos, ele estava com a bateria completa — respondeu Barbara matando a charada, e vendo os olhos de seu amigo brilharem por conta das palavras proferidas pela garota.

— Hum, quando estivemos lá na caverna, não percebemos se havia alguma base que o recarregasse. Deve ser isso então — ponderou Frank.

— Bem pensado, Frank.

Frank Payne e a Caverna MisteriosaOnde histórias criam vida. Descubra agora