Capítulo XXXIII - Seu passado é real

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Atenção: este capítulo não foi revisado, portanto peço que me desculpem caso hajam muitos erros ao longo dele.

Milena

Estou me sentindo em casa literalmente não. Não esperava que os pais do cara fossem tão receptivos e gostassem tanto de mim. Tudo bem, eu posso ter estado um tanto educada durante minha interação com os ditos cujos, e posso ter me soltado mais que o normal, mas vá lá, sendo Carla uma senhora muito ativa e divertida e Luís um homem tranquilo e de poucas palavras não tinha como eu ter ficado diferente. Ambos me incluíram em praticamente todas conversas desde quando entrei por aquele porta até na hora da delícia do jantar.

Não posso negar, ainda estou em choque pela menina que sempre me lembrava Fredson devido a semelhança em suas características físicas ser na verdade a sua irmã mais nova dele. Minha nossa, esse tempo todo Greta era a irmã rebelde de Fred e eu vivia me divertindo com as histórias loucas dela enquanto ela as contava para mim e ponderação com ele que talvez sua irmã só quisesse mesmo ter a atenção deles. Algo que não tem nada haver com a garota que eu conheço.

Foi uma puta coincidência que parece ter fortalecido nossa amizade de tal modo que agora eu sou apelidada de “cunhada” e estamos meio que inseparáveis. O que ainda confunde muito o seu irmão e não lhe agrada tanto quanto eu achava que ele fosse gostar que a sua irma curtisse minha presença na casa dos pais. Porém Greta nem me deu tempo de ficar pensando muito, qualquer comentário de Fred ela dizia “ignore ele” e eu começava a enteder o descontentamento da parte dele, principalmente depois do jantar maravilhoso e divertido que tivemos, no instantes no qual ela me roubou deles com a desculpa de querer me mostrar a casa uma vez que sua mãe e o meu garoto se dirigiram para a cozinha a fim de preparar a sobremesa.

Portanto eu já conheço o jardim, o banheiro da casa, sei que são quatro quartos no total, sendo o quarto transformado no escritório pessoal da mãe, uma contabilista que trabalha mais tempo em casa do que fora dela.
Acabamos de sair do quarto de Greta e agora ela olha para os dois lados do corredor como se conferisse se a barra está limpa, nesse percurso todo ela não solta a minha mão igual um adulto faz com uma criança em lugares lotados.

A menina a minha frente me lança um olhar de quem vai aprontar por cima do ombro e avança para o cômodo a nossa frente. Ela destranca com cuidado a porta e a abre para que eu passe primeiro. Greta vem logo depois, assim que torna a fechá-la com cuidado para que não faça muito barulho.

— Adivinha onde estamos agora — ela anuncia bem contente, dando uns passos adiante e jogando seu peso sobre os lençóis azuis sob o  colchão aparentemente macio.

Eu quero dar de ombros de primeira, mas não faço isso porque tenho uma vaga ideia a quem pertença ou já pertenceu este quarto.
Os postes de bandas pop impressos na parte de cima da parede na qual está encostada a cabeceira da cama me fazem sorrir quando eu os toco com as pontas dos dedos.
Enquanto a do lado me deixa curiosa. Há indícios de que alguém tenha arrancado com brutalidade  fotografias que lá estavam, me fazendo comprimir os lábios e contornar a cama até chegar à aquele lugar.

De fato, essa pessoa devia estar péssima para ter feito o estrago no mural de fotos ou que quer que estava colado naquela superfície. Sigo meu olhar até ao outro canto do quarto — na parede paralela a porta — e de lá tiro todas as minhas dúvidas.

Um cesto de basquete está colocado de forma improvisada na altura do  guarda-roupa de madeira escura ali de lado.

É o quarto dele.

Estou no quarto de Fredson.

— É o quarto dele. — Eu digo me virando para encará-la, mas agora Greta está toda atenta em um álbum de fotos.

Quando As Nossas Vozes Ecoam [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora