clove nos jogos vorazes

XXXII - Surpresas

Me levanto para correr, porém algo me impede. Thresh.

- Me solta! - começo a gritar e me espernear.

- Isso é um truque!  E se não for... o que nós temos a ver com ele? O que você tem a ver com ele? - diz Thresh com uma calma voz.

- Está bem... não vou. Não quero mais comer.

- Coma agora - disse Finch - Estou com o precentimento de que não comeremos de novo hoje.

- Mas por que? - pergunto, agora livre dos braços de Thresh.

- Não sei. Mas se eu fosse você eu comeria - diz ela.

Todos nos terminamos de comer juntos e nesse extato segundo ouvimos o canhão.  Fico pensando se foi Cato. Uma série de pensamentos passam pela minha cabeça, pois quero saber... como vão os carreiristas? Onde os outros tributos estão? Onde Cato está?

Pegamos um coco, cada um e Thresh os quebra, bem... corta a parte marrom de cima com um facão. Bebemos a agua e ficamos na praia. Deve ser umas duas horas, quando resolvemos entrar na água. Dois se banham e um vigia. Eu e Finch entramos na água e eu fico maravilhada... a água é transparente e cheia de peixes. Vou até um ponto em que a água bate  na minha cintura e já estou a uns cinquenta metros da areia. Fico me perguntando onde termina a arena,  pois o mar parece ser interminável. Decido ficar por aqui, sem arriscar ir mais longe. Depois de um tempo Thresh vem e eu Finch saímos da água. Depois que Thresh termina, ficamos sentados conversando.

- Vamos bolar uma estratégia? - pergunto.

- Os jogos estão muito no início. Não sabemos quem está vivo, quem está morto... acho que devemos esperar o proceder dos jogos - diz Finch. Agora ela parou de falar daquele jeito estranho.

O dia vai passando e a noite vai chegando. Fico pensando se tomei a decisão certa, ao ficar com eles... agora o jeito é prosseguir...

- É isso que nós vamos fazer? Ficar os jogos inteiros aqui parados? - finalmente solto.

- E o que você quer que a gente faça? - responde Finch - Não há o que fazer por hoje. Já teve o banho de sangue e a capital já viu bastante luta. Vamos esperar para ver os mortos.

- Então eu vou dormir. Vai que noite não nos permita esse luxo...

Pego folhas de bananeira e coloco-as no chão, fazendo uma espécie de cama. Deito e acordo com o hino tocando. Como está escuro... parece que a lua e as estrelas perderam seu brilho. Sasha é o primeiro. Glimmer e Marvel estão vivos? Marvel eu atingi na perna... mas Glimmer foi nas costas! Como isso é possivel? Depois aparece Kaipe e Gledméia, O garoto do cinco, os dois do seis, os dois do oito, a garota do nove e os dois do dez. Parece que Glimmer tem ótimos patrocinadores e Marvel também.

- Durmam... vou montar guarda - pego um machado. Chego para Finch e pergunto - Minhas facas?

Ela abre a mochila e pega as facas. No meu sonho, colocava as facas no casaco. Agora só há essa roupa grudenta e pegajosa, devido a água do mar. Coloco as três bolsas na mochila, e uma faca na mão. Percebo que a água está mais longe... ou é a maré baixa? Não. Quando os jogos começaram, na maré alta, tudo isso aqui estava alagado. Na maré baixa, ela estava a uns vinte metros daqui. Agora ela esta há uns cinquenta... e parece recuar a cada minuto... isso não está certo. Há algo de muito errado por aqui... quando finalmente lembro da septuagésima edição, a que Annie Cresta ganhou,  percebo o que está acontecendo... grita da maneira mais alta que consigo:

- Temos que sair daqui!