clove nos jogos vorazes

XXXVI - O alvoroço

Dez vivos. Dentre eles Cato, Marvel e... Thresh. Com essa notícia a aliança acabou. Quem são os outros?... Rue, os dois do sete... quem mais?... a garota do três e a garota do nove.

Ouço o tiro de canhão. De repente tudo fica escuro e vejo o rosto de katniss no céu.

- O que? - dou um grito.

Eu vi a aranha arrancando suas pernas. Eu vi! Mas... sera que foram apenas as pernas? Sera que katniss foi toda enrolada pelas teias, e isso estancou o sangue? Sera que ela só foi devorada agora? Esses jogos estão me deixando louca!

Bom... agora são só nove. De repente, vejo um quadrado cinza brilhante, no chão a minha frente. Fico muito desconfiada. Sinto algo me empurrando... olho para trás,  porém não vejo nada. Quando olho para o chão,  percebo que já estou em cima do quadrado. Tudo começa a ondular, meu ar é tirado de mim, fica tudo preto e eu finalmente desmaio. Quando acordo, estou de novo na boca do vulcão, e já são meio-dia. Olho para os lados e vejo que ao todo só há nove tributos. Cato, Thresh, Marvel,  Rue, o garoto do sete e a garota do sete, Demétria do nove, a garota do três e eu. Vejo que todo o ar que cerca a boca do vulcão, esta ondulando... e vira e mexe, vejo faiscas saindo dele. Nada acontece... se passam uns cinco minutos e ouço a voz de Claudius Templesmith.

Vocês irão lutar, até que só sobre um. O novo " banho de sangue" irá ocorrer agora e  só acabará quando apenas um sobrar! Bom jogos vorazes! E que a sorte esteja sempre a seu favor!

Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um! Boom!

Saio correndo até a cornucópia. Chego depois de Cato e Thresh. Os dois do sete, vendo que somos fortes, tentam fugir para fora, porém quando batem no que parecia ser o ar ondulante, levam um baita choque e morrem. Pego uma lança e atiro na garota do três. Cato e Thresh estão numa luta sangrenta, Marvel está lutando com a garota do nove. Rue está... observando tudo. Ela ainda não saiu de seu prato. Pego uma lança e atiro nela, porém ela vai para o lado e desvia. Atiro outra na perna dela e dessa vez tenho exito, pois ela cai de costas para o chão. Pego um facão e vou correndo até ela. Ergo-o no alto e depois enfio no coração dela. Volto para cornucópia e vejo Cato e Thresh caidos no chão, porém não sei quem está vivo e quem está morto.

Vou até Cato e enfio uma lança no seu estômago. Thresh está lá... deitado... sinto uma pontada de pena e compaixão... porém... não posso pensar assim... a morte dele irá ser rápida. O decapito e tudo está acabado. Ouço sete tiros de canhão... falta um... porém não o ouço... Marvel. Deve estar em algum lugar, me observando. Me jogo no chão e dou uma cambalhota, de modo que a lança passa por cima de mim. Vou até ele com um machado e ele vem até mim com uma espada. Ela da um golpe na minha cabeça, porém me defendo com a lâmina do machado. Invisto um golpe na barriga dele, porém ele me chuta e eu perco um pouco da pontaria, acertando o nada. Ele tenta me dar um soco, porém eu me abaixo e dou com o cabo na barriga dele com a maior força que tenho. Ele cai para trás e fica encostado numa caixa-mala.

- Hoje é o seu último dia - digo erguendo o machado.

- Não é não - diz ele sorrindo.

Ele atira uma pedra na minha canela e eu caio. Ele sobe em mim e tenta me imobilizar. Ficamos uns cinco minutos, um tentando imobilizar o outro, porém apesar de saber mil e uma maneiras de imobilizar uma pessoa ele é maior e mais forte, entretanto ele ganha.

- Me desculpa... mas vou ter que fazer isso - diz ele.

- Não... - murmuro bem baixo.

- O que? - diz ele.

E esse foi seu erro. Permitiu que eu falasse.

- Acho que você vai terminar igual ao seu irmão - digo.

Isso foi o suficiente. O suficiente para abala-lo. Por um momento ele afrouxa e eu o derrubo. Fico em cima dele e começo a soca-lo e só paro quando ele desmaia. Pego uma faca e vou enfiando no seu coração e continuo até ouvir o tiro de canhão.

Acabou. Finalmente acabou. Independente do que encontrarei lá fora, meu sonho foi realizado. Ganhei os jogos vorazes. Meus olhos se enchem de lágrimas quando ouço a voz de Claudius Templesmith.

Senhoras e senhores... apresento-lhes. .. Clove Lavignia!