Uma das maiores certezas na vida de Chris Evans era de que o amor não era para ele. Apaixonado a vida inteira pela mesma mulher, a qual nunca correspondeu o amor que ele sentia, Chris se convenceu desde muito novo, que algumas pessoas, simplesmente...
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Capítulo 06. - O Clube.
-Você acha que não tem mesmo problema nenhuma deixarmos sua mãe em casa para irmos em um clube?
A voz de Malva soou tensa sob o clique de encaixe do cinto de segurança. Era sexta feira, dez horas da noite, e Malva tinha acabado de sair da última aula da semana. Obviamente, enquanto ela se encaminhava para o carro alugado de Chris, todos os alunos no estacionamento da faculdade a encaravam, surpresos demais para falarem algo.
A garota entrou no carro, com bastante pressa, para que ninguém conseguisse ver dentro enquanto a porta estivesse aberta.
-Tenho certeza absoluta! - Chris respondeu, se esticando no banco para dar um pequeno e rápido beijo no rosto de Malva. - Como foi a aula?
-Igual a todas. - Malva respondeu, cruzando os braços sobre a mochila em seu colo, enquanto tentava não corar, fixando o olhar na sua frente. - Ah, só foi divertido porquê uns caras da minha turma conseguiram criar um tipo de vara de pesca e pescaram a peruca do meu professor de Interpretação Contextual!
Chris soltou uma risada, imaginando a cena.
-E o que aconteceu depois?
-Acho que foram suspensos! - Malva contou.
-Entendi! - Chris parou de rir e encarou a menina ao seu lado. - Escuta... Não sei onde você mora...
Malva deu um tapa na própria testa e sorriu de lado, envergonhada. Chris havia dado a carona justamente para que ela fosse em casa, trocasse de roupa e fosse junto dele para o Clube. Estava esquecendo de falar o principal.
-Na Neewbury Street. - Malva explicou. - Não no centro dela, logo no começo! Em um prédio de tijolinhos vermelhos!
Chris franziu o cenho, encarando Malva pelo espelho retrovisor do carro.
-Olha... Você não ajudou muito! Essa rua tem um monte de prédios de tijolinhos vermelhos!
Malva abriu a boca para retrucar e percebeu que era verdade, então, só acompanhou a risada de Chris e deu de ombros.
-Número trinta e quatro, lado esquerdo da rua.
-Certo!
Chris pegou a rua de acesso para aquele lado da cidade e seguiu conversando com Malva sobre ter chamado uma vizinha para cuidar de Lisa no tempo em que estivessem fora. Aquele tinha sido o primeiro dia dela sem a bota, mas ainda com a muleta por não ter firmeza no pé.
