Uma das maiores certezas na vida de Chris Evans era de que o amor não era para ele. Apaixonado a vida inteira pela mesma mulher, a qual nunca correspondeu o amor que ele sentia, Chris se convenceu desde muito novo, que algumas pessoas, simplesmente...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
-Você está falando sério?! Você vai ter mesmo o bebê?!
Malva encarou a prima novamente e assentiu, sorrindo. Suas mãos tremiam e seu corpo todo estava tenso, mas ela nunca teve tanta certeza de que queria algo na vida, quanto teve de dizer aquelas palavras em voz alta. Ajeitando a postura, Malva piscou para afastar as lágrimas intrusas que se apossaram de seus olhos e segurou a mão de Luna, fitando os olhos azuis marejados.
-Eu sei que não é o melhor momento, que o pai o rejeitou e que eu não tenho condições de cuidar de uma criança. Ou seja, logicamente, o mais certo, seria que eu interrompesse essa gravidez.
-Mas…? - Luna ergueu uma sombrancelha, aguardando.
Malva hesitou, sentindo a mão gelada da prima contra a sua. As duas estavam nervosas e talvez, fosse culpa da ligação extraordinária que tinham desde pequenas. O que uma sofria, a outra sofria junto. No que uma se alegrava, a outra se alegrava também.
-Não vai contar para o Chris que eu disse isso?
-Por que eu contaria a ele?
-Hmmm… Não sei! Deixa eu pensar… - Malva fingiu pensar por um segundo e exclamou, a seguir. - Ah, já sei! Porque você convidou ele para vir aqui e só faltou contar da gravidez sozinha?
Luna ficou vermelha, mas deu de ombros.
-Questão de ponto de vista. Mas, tá, prometo!
Então, Malva começou a falar mais baixo, como se Chris estivesse no cômodo ao lado e pudesse ouvir, não em outra cidade.
-Foi, principalmente, por causa dele.
-Eu não entendi…
-É claro! Você é lerda!
-Malva!
A ruiva riu quando Luna enfiou uma almofada nela. Então, ela abraçou o objeto e deu de ombros.
-É que eu quero ter esse bebê, entende? E o Chris me ajudou a perceber que pode não ser a melhor hora para mim, mas pode ser a melhor hora para ele. Quer dizer… Eu não posso prometer que vou dar tudo do bom e do melhor para essa criança, mas posso prometer que ela vai ter amor, carinho, atenção… Além disso, pensando bem, eu sou mulher suficiente para assumir um "erro" e criar um bebê sozinha! Portanto… Eu marquei o aborto, mas já cancelei de novo e agora, marquei uma consulta ao ginecologista.
Luna, que tinha lágrimas nos olhos, se jogou sobre Malva e a abraçou, forte e apertado. A prima correspondeu o abraço, também emocionada, e por segundos, nenhuma das duas disse nada. Por fim, foi a loira quem encarou Malva nos olhos e disse:
