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Nervosa era eufemismo para descrever o estado de espírito de Malva Clark naquele dia

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Nervosa era eufemismo para descrever o estado de espírito de Malva Clark naquele dia. 

Era seu primeiro dia no trabalho e a primeira vez que deixaria Emilly sozinha. Para um pouco do seu alívio, quem tomaria conta dele era Scott, que apareceu por lá de manhã para garantir que a babá faria tudo certo. 

Na verdade, Chris achava um grande exagero era preocupação excessiva até o momento em que Scott tocou a campainha. Então, ele mesmo começou a ficar paranóico e só parou de dar mil recomendações ao irmão quando Malva o puxou pela manga do casaco, avisando que estavam ficando atrasados. 

Eles acordaram abraçados naquela manhã e Malva fingiu dormir durante boa parte do tempo, apenas sentindo a conexão que estabeleceram depois daqueles beijos. No entanto, eles ainda não haviam conversado sobre nada. 

Na cabeça de Chris, ele pensava que não passou de um momento e que Malva não ia querer repetir. Talvez, ela estivesse encarando aquele beijo como um grande erro. Talvez, não tivesse significado pela ela nem mesmo um por cento do que significou para ele. 

Ou talvez, ela só estivesse mesmo calada por causa do trabalho e da filha. Ele tinha que parar com essa mania de pensar que absolutamente tudo era culpa dele. O mundo de Malva não girava em torno de Chris e ele precisava parar de carregar o peso do mundo em suas costas. Talvez, até estivesse precisando voltar para a terapia. 

-Você acha que ela vai ficar bem? 

Chris levou um pequeno susto e encarou o banco do carona, vendo olhos verdes o encarando, aflitos. Sorrindo, ele a tranquilizou. 

-Claro que sim, Mal! 

-Eu tô me sentindo uma péssima mãe… Quer dizer, ela tem só três meses, Chris! Que tipo de mãe que eu sou? 

-O tipo que tem uma vida, trabalha e está tentando evoluir para dar uma vida melhor para a sua filha. - Chris respirou, sem tirar os olhos do trânsito, atento. - Vai ficar tudo bem, Princesa! Relaxa! 

Malva assentiu, sabendo que ele tinha razão. Estava se preocupando demais e se culpando por coisas que eram naturais: Nem toda mãe ficava vinte e quatro horas por dia junto aos filhos. E nem ela sabia se isso era relativamente saudável, para falar a verdade. 

-Escuta… - Chris estacionou o carro, esperando o semáforo ficar verde para eles. Sua mão pousou em cima do joelho de Malva, sentindo o pano da calça jeans na palma da sua mão. - Eu sei que todo mundo diz que você tem que ser mãe em tempo integral e que agora a sua vida é a sua filha e eu acho isso lindo! Mas você ainda precisa, em teoria, sustentar ela e criar e você não pode fazer isso enfurnada dentro de casa, certo? 

O Milagre.  •  Chris EvansOnde histórias criam vida. Descubra agora