Capítulo 29

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LOUIS

Não há nada de gentil no toque de Harry, e não quero que haja. Depois de meses lutando com a necessidade violenta e incontrolável por esse cara, quero me entregar a ele.

Quero me entregar a nós.

Pouco depois de eu dar o sinal verde, Harry já voltou a me beijar, movendo as mãos pela minha cintura e me levantando de leve. Enrolo minhas pernas em volta do seu corpo e ele pega minha bunda, mantendo nossos corpos unidos até que eu sinta seu pau duro através do jeans.

Seus lábios estão nos meus, e se os beijos de antes tinham sido quentes, este poderia botar fogo em nós dois. Consigo me segurar em seu cabelo, enquanto nos alternamos na exploração do corpo um do outro.

Harry usa o queixo para virar meu rosto, à medida que seus lábios passam da minha bochecha para a mandíbula e para a orelha, antes de devorar meu pescoço. Sua boca e seus dentes me torturam até que fico esfregando os quadris nele intensamente, e, poucos segundos depois, decidimos que nossa posição contra a porta do quarto não dá muito acesso a nenhum de nós.

Em três passos, ele gira, vai para a cama e me deita de costas. Uma parte distante do meu cérebro registra que seus movimentos, com uma autoridade determinada, não são prejudicados por seu ferimento de guerra. Trata-se de um homem que deseja o outro. E eu definitivamente o desejo também.

Por um momento, Harry e eu nos encaramos, os dois respirando com dificuldade, enquanto absorvemos o fato de que o que está acontecendo é simplesmente certo. Voltamos a nos mover ao mesmo tempo, ele se abaixando enquanto eu me levanto, com os braços abertos.

Eu não sabia antes, mas era disso que estava falando quando mencionei que procurava por alguma coisa quando me deitei com Michael. Queria esse anseio indescritível por outra pessoa. Isso aqui. Desejo Harry. E só ele.

Meus dedos procuram os botões da camisa dele, enquanto os dele mergulham nos meus cabelos, puxando minha cabeça para trás, para que Harry possa acompanhar enquanto eu tiro sua camisa, primeiro um ombro, depois o outro.

Meus olhos se fixam na tatuagem sobre seu coração. Eu já tinha notado as letras simples na noite em que dormimos juntos, mas agora tenho coragem de me inclinar e beijá-la.

—Semper fi?

—Diminutivo de semper fidelis, 'sempre fiel'. É o lema dos Fuzileiros Navais.

Engulo em seco. O sentimento me assombra, mas talvez só porque sei o que lhe custou ser sempre fiel.

—Não - ele diz, se inclinando pra esfregar os lábios contra minha cabeça. —Não pensa nisso.

Seus lábios tomam os meus de novo, e não consigo pensar em nada além dele e de seu gosto delicioso. Quando suas mãos vão para a barra da minha camiseta, levanto os braços acima da cabeça. Devagar, ele arrasta os dedos pelas minhas costelas, e seus olhos seguem o movimento. Quando suas mãos chegam ao meu membro, Harry me olha de um jeito sombrio e enevoado. Trago sua cabeça até a minha ao mesmo tempo que suas mãos se fecham sobre o me membro, e gememos.

Ele sobe em mim enquanto me deito na cama, e logo estou embaixo dele, com seu corpo cobrindo o meu. Ele segura meu rosto para um beijo longo e exigente. Quando suas mãos escorregam pelas minhas costas, eu me arqueio.

Solto uma risadinha ao ver como ele está vacilante. 

—Já fez isso antes? - digo irônico.

—Faz um tempo - ele diz, sorrindo também. —Muito tempo.

Sinto uma palpitação enquanto processo o que falou. Faz anos que não fica com ninguém. Não vou mentir — eu gosto disso.

—Pobres garotos do Maine - digo, pegando a fivela de seu cinto. —E que sorte a minha.

Em Pedaços ( Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora