Prólogo

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A igreja pegava fogo, gritos podiam ser ouvidos por todos os lados, barulhos de tiros podiam ser ouvidos do segundo andar da construção. Gritos de dor podiam ser ouvidos, um casal subia as escadas de mármore com presa, nos braços do homem alto, de longos cabelos negros azulados, estava um jovem de cabelos médios ruivos. O jovem ruivo tinha um grande corte na testa, que sangrava muito, mas o foco maior do casal, estava no ferimento na barriga do jovem.

– Coloque ele em cima da mesa. Rápido.

Ordenou a mulher de olhos violetas, apontando para um altar de mármore que ficava no centro da sala. A mulher começou a procurar panos para estancar o sangue que insistia em sair do corpo do homem ruivo. Tinha que ser rápida, antes que o corpo entrasse em estado de choque e eles não conseguissem completar o ritual. Assim que o corpo frágil foi posto sobre a superfície gelada, o homem soltou um pequeno grito de dor.

– Calma, está tudo bem. Está tudo bem

– Giyuu...

– Eu sei que está doendo, meu amor, mas você tem que ser forte. Logo, logo essa dor vai passar.

Os olhos carmesins do ferido olharam para o belo rosto contorcido em preocupação e desespero. Os belos olhos azuis meio opacos lhe encaravam com tanto amor, que ficava difícil respirar. Não, sabia o motivo de não conseguir respirar, e não era o amor que o unia a aquele homem acima de si. Que pressionava o ferimento de bala em seu estômago, na tentativa de estancar o seu sangue. A mulher voltou com os panos, pressionando a ferida, e começando a preparar o tratamento para cuidar das feridas do menor. Tanjirou levou uma de suas mãos até o rosto alvo de Giyuu, que apertou a mão ensanguentada do amado. O ruivo começou a falar com dificuldade. Estava ficando difícil de respirar e de se manter acordado.

– Giyuu...promete que vai me achar?

– Do que você tá falando meu amor?

– E-Eu acho que não vou aguentar...

– Tanjirou, você é o ser mais forte que eu já conheci, em toda a minha existência.

– Eu te amo.

Essas foram as últimas palavras de Tanjirou, antes do brilho dos seus olhos se apagar e o seu coração parar de bater. 

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