Zenitsu nunca viu tantas pessoas em um mesmo lugar. A orla do lado estava lotada de pessoas, tanto de moradores locais, estudantes e turistas. Havia várias barraquinhas com comidas típicas, vendendo lanternas que seriam jogadas no lago, e até alguns brinquedos para as crianças. Havia um palco próximo do píer, onde ocorriam as apresentações de artistas locais e alguns estudantes da Academia Hashira. Todos estavam vestidos de branco, uma tradição que nunca era quebrada. O vento gelado fazia com que os agora, curtos cabelos loiros de Zenitsu balançarem livremente, causando um pequeno arrepio no pescoço alvo do Agatsuma. Ainda não havia se acostumado com o novo corte de cabelo, mas não desgostava. Tentava fazer daquele corte de cabelo um passo para a mudança. Havia conversado com Nezuko, e para a sua surpresa, tudo que Uzui havia lhe dito, era verdade. Estava tomando coragem para ter uma conversa séria com o albino. Mas preferia fazer isso no dia seguinte, quando estivesse mais calmo e não nervoso, com medo de estragar o pedido de casamento de Inosuke para Aoi. Nezuko estava em uma barraquinha que vendia bolinhos de queijo, ao seu lado, Sanemi devorava um pedaço de bolo. Ambos estavam se divertindo com as atrações que estavam dispostas por todo o lago, alguns alunos cumprimentavam a professora de história, mas outros ficavam embasbacados ao vê-la junto com o diretor Shinazugawa. O homem de cicatrizes não se importava com os olhares, estava de mão dadas com a Kamado, ouvindo atentamente cada palavra animada que a morena dizia.
– Vamos ter que contar para o meu irmão. Só espero que ele não tente te matar.
– Devo me preocupar?
– Nossa, você não faz ideia. Teve uma vez, em que eu levei um namoradinho para casa. Foi no meu último ano do ensino médio. Você tinha que ver a cara do meu irmão e do Zenitsu. O pobre garoto ficou aterrorizado. Piorou quando o avô do Zenitsu se juntou na conversa, e o senhor Urokodaki também.
– Urokodaki? O Sakonji Urokodaki?
– Sim. Eu não te contei? Após a morte dos meus pais, foi o senhor Urokodaki que me criou junto do meu irmão. Bom, já faz um tempo que eu não o vejo. Meu irmão foi esses tempos na casa dele, mas não o encontrou. Só um carinha chamado Sabito.
– Espera, Sabito? Um cara de cabelo rosa claro e olhos azuis claro?
– Bom, essa foi a descrição que Tanjirou me disse e... Sanemi? Sanemi, está me ouvindo?
Nezuko parou de frente ao homem que estava parado no lugar. Sanemi havia conversado com Giyuu e perguntado o paradeiro de Sabito, sempre deixou bem claro que não gostava da presença do homem de madeixas rosas na propriedade da família. Tomioka havia garantido que Sabito tinha ficado na França, trocavam mensagens algumas vezes e o rosado dava as novidades que ocorriam em Paris, nessa manhã mesmo Giyuu havia relatado sobre as conversas com o outro. E tinha o fato de Urokodaki sempre soube que os irmãos estavam vivos, e nunca havia tido contato. Absolutamente nada, mesmo recebendo ordens para reportar todos os acontecimentos. Tinha mandado ele investigar a morte dos Kamados, mas nunca esperou que ele fosse lhe trair assim. O que aquele homem
– Nezuko, meu amor. Eu vou ter que dar uma palavrinha com o Giyuu, se importa em ficar com os seus amigos um pouco?
– Não, sem problemas. Mas, está tudo bem?
– Sim! Só uma coisa que eu lembrei agora, e temo me esquecer se não encontrar o Giyuu agora.
– Tudo bem, estarei perto do píer.
Os dois se despediram com um beijo rápido, Nezuko viu o albino se embrenhar em meio as várias pessoas, não demorando muito para sumir de suas vistas. A morena suspirou, terminando de comer suas bolinhas de queijo e jogando a embalagem de isopor no lixo mais próximo.
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Fragmentos
FanfictionNo auge dos seus vinte e sete anos, Tanjirou decide se mudar com a irmã mais nova, para uma cidade turística no interior do país. Onde esperava encontrar um pouco de paz e respostas. Tanto para a sua vida, quanto para os sonhos malucos que sempre te...